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Psicanálise de "O PESCADOR E O GÊNIO" E ALADIM
(Bruno Bettelheim)

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PSICANÁLISE DE “O PESCADOR E O GÊNIO” E ALADIM
AUTOR – BRUNO BETTELHEIM
Esta fábula do “gênio que sai da fumaça” é “um dos contos das Noites Árabes”. “Nas Estórias dos Irmãos Grimm é o gênio da garrafa”. “O Pescador e O Gênio conta como um pobre pescador lança a rede diversas vezes” e “recolhe ao fim um vaso de cobre e ao abri-lo surge o Gênio que ameaça matá-lo”. “Consegue convencê-lo a recolher-se ao vaso e fecha”. “Em outras culturas o tema aparece com outras figuras”. O conto de fadas garante um final feliz e “a criança não precisa temer que seu inconsciente venha à tona, pois ela viverá feliz para o resto da vida”. O pescador tem que experimentar três derrotas “significando que nunca se deve desistir”. A Lâmpada de Aladim também tem o gênio que sai da fumaça. Diferentemente das outras fábulas o SEGREDO desta estória para crianças é Imortal. ALADIM é um jovem, como sonham todas as crianças que estão crescendo, dos oito aos oitenta e mais anos. É um jovem de família pobre que sai pelo Mundo em aventura. Ele é bom. Quer conhecer. Passa dificuldades. Procura algo no lixo. Encontra uma velha lâmpada de metal, talvez de folha, de latão, de bronze ou de cobre, como o vaso do pescador. Leva-a. Ela é daquelas de pavio e azeite, com tampa e asa, daquelas de outrora. Ela está suja. Enquanto Aladim admira a forma externa querendo vê-la brilhando, começa a esfregar e o brilho aparece e aumenta. Aumenta também a LUZ! Da fumaça surge o Gênio que lhe explica: “Eu sou Servidor de quem possui a Lâmpada Maravilhosa”! “Você pode pedir o que quiser que eu atendo!” Cuidado! Pois vai ter que suportar as conseqüências do que pedir. Leitores mirins e adultos soltam a imaginação para dizer o que pediriam. Assim, Aladim é cada um dos leitores. Podemos pedir Riquezas, Poderes, Prazeres, e ficamos escravos das coisas. A simbologia fantástica desse conto das Noites Árabes é bem clara – polir a sua luz interior é o segredo para chegar ao final para viver feliz o resto da vida! Bettelheim não faz essa comparação, mas ninguém escapa de fazê-lo. O autor compara a fábula do pescador e do gênio com o mito de Hércules, para avisar que “o conto de fadas, diferente do mito, não nos diz como devemos decidir”. De qualquer modo as fábulas, os mitos e os contos de fadas são literatura de valor moral e psicológico imprescindíveis para a formação da criança. E este é o mais importante a concluir da obra que estamos resumindo.



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