A literatura inglesa do século XVIII
(A. Barros)
A narrativa inglesa do século XVIII conta com duas obras fundamentais da literatura universal: Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe (1660-1731), e as Viagens de Gulliver (1726), de Jonathan Swift (1667-1745). Longe de as escreverem como relatos de aventuras ou narrativas infantis, ambos os autores as conceberam como obras moralizadoras e satíricas destinadas a adultos. O inicio da novela moderna de cunho burguês teve lugar com o surgimento de Pamela ou A virtude Recompensada (1740), de Samuel Richardson (1689-1761), sob a forma de cartas moralizadoras, mas dotadas de uma grande introspecção psicológica. As novelas satíricas, realistas e vigorosas de Henry Fielding (1707-1754), especialmente Tom Jones (1749), marcam um importante avanço no panorama da narrativa deste século.
As Viagens de Gulliver, atraente para crianças e adultos pela sua aparente moldura de viagem fantástica ao país dos anões, dos gigantes ou dos cavalos, é, na realidade, uma amarga sátira contra os usos, costumes e instituições da sociedade que Swift conheceu.
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