O ESQUILO, O MACAQUINHO E O TABACO
(LA FONTANE)
Diz La Fontaine que: Era uma vez um esquilo e um macaquinho. Lembram? Era o macaquinho que havia usado a mão do gato para retirar as castanhas do fogo. E era o esquilo que tinha sido roubado das suas castanhas, que agora queria vingar-se. Por isso furou algumas das castanhas e introduziu raspas de tabaco no miolo, pois havia cheirado esse material e havia achado pavoroso. O macaquinho achou estranho o gosto, porém as castanhas deixadas ao fogo eram mesmo boas e as comeu todas. Parece que gostou. O esquilo aumentou a dose de tabaco e cada vez o macaquinho ficou mais ansioso por pegar as castanhas sem desconfiar que o esquilo as estava enxertando de fumo. Passou assim a ser viciado em mascar tabaco e acabou descobrindo a fonte do tabaco e assim o esquilo passou a faturar comprando e revendendo a erva que os colonizadores encontraram com os índios da América. Conclui o narrador que o ser humano deve ter sido vítima dos maus espíritos para adquirir tão nojento vício por vingança contra o roubo das riquezas castanhas dos índios tiradas com a mão do gato dos escravos. Por qual motivo, perguntamos nós, esta fábula foi retirada da lista das lições deixadas por La Fontaine? Não temos necessidade de longos raciocínios para responder. É que os macaquinhos, visíveis ou invisíveis, já estavam negociando altos valores em tabaco e tinham altos resultados na destruição do ser humano com os vícios... Assim, pagaram aos tipógrafos para suprimir esta fábula da edição deste autor. A explicação da formação dos vícios vamos ver contada em outra fábula dessa série. É "A Raposa sem Rabo", que já era conhecida na Suméria, onde também se conhecia o haxixe que era o vício combatido com esta fábula.
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