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Deriva CONTINENTAL ou TRANSLAÇÃO CONTINENTAL
(Antonio Teixeira Guerra)

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Wegener, em 1912 elaborou uma teoria publicada com o título "Gênese dos Continentes e Oceanos". Segundo essa teoria supõe-se que os continentes são formados por fragmentos de blocos de sial boiando sobre o sima - camada viscosa. Esses blocos flutuam em equilibrio isostático e sofrem uma deriva em direção oeste e norte. Assim, os grandes dobramentos que deram origem às cordilheiras do Himalaia, Alpes, Montanhas Rochosas e os Andes encontram explicação nesta teoria. Quase todos os geólogos aceitam a teoria isostática de movimento vertical no bloco de sial, bem como o movimento horizontal - a deriva - do sima subjacente. Segundo alguns autores como E. De Martonne e M. Codur seriam resultantes do movimento de rotação da Terra e também da força de atração da Lua. Até o Paleozóico médio no Carbonífero, os continentes formavam um único bloco. No Mesozóico teve início a divisão do Continente de Gondwana dando origem a América do Sul, África, Madagascar, Austrália, Índia e Antártida; e também a separação da América do Norte da Eurásia dando lugar ao Oceano Atlântico. Segundo De Martonne a hipótese da deriva continental explica: 1- agrupamentos das antigas plataformas; 2- os abatimentos de grande amplitude; 3- as afinidades de flora e fauna de regiões atualmente separadas; 4- a glaciação ocorrida durante a era Primária em torno do polo Austral que abrangia todas as terras de Gondwana. Os movimentos verticais e horizontais podem ser observados atualmente. Ex. A Groenlândia se afasta da Europa cerca de 20 a 30 m/ano. A Escandinávia é um caso de elevação da região numa acomodação isostática também relacionada com fatores externos como o derretimento de geleiras. Embora tenha a seu favor a isostasia, os argumentos geodésicos, geofísicos, paleontológicos e paleobotânicos, tem seus opositores com críticas como por exemplo o encaixe dos litorais da África com a América do Sul e a Europa são aproximados; que as semelhanças glaciais nas regiões austrais seriam explicadas por correntes marinhas, a altitude, e não acreditam que a força da rotação da Terra seja suficiente para provocar a migração continental. Estudos mais recentes no entanto levam a revalidação da teoria da movimentação horizontal das terras brasileiras demonstrando sua separação da África, a partir do Jurássico, há mais de 120 milhões de anos. Os estudos confrontam ocorrências de depósitos glaciais pré-devonianos em ambas as regiões - Cabo na África e Paraná no Brasil; Os típicos seixos de gnaisse de quartzitos tanto em território africano como no Brasil, sendo que não há correspondentes formações glaciais brasileiro-uruguaio-argentino pré-gondwânicas que poderiam ter fornecido essas rochas. Para Reinhard Maack, o movimento horizontal da crostra terrestre durante longos períodos geológicos tem grande importância na configuração dos continentes atuais. Como os movimentos tanto os horizontais como os verticais são lentos e progressivos só uma observação prolongada pode esclarecer dúvidas que persistam.



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