Na outra margem entre as árvores
(Hernest Hemingway)
Na outra margem entre as árvores constitui para mim uma das melhores obras de ficção, onde o famoso escritor norte americano Ernest Hemingway com uma mestria apaixonante recria alguns episódios da segunda guerra mundial, magistralmente narrados por uma personagem muito ao estilo do autor, o coronel Cantwell, velho combatente que passa as últimas vinte e quatro horas da sua vida na bela e mágica cidade de Veneza.
Trata-se de uma espécie de relato de um mundo conturbado e violento obtido através da imagem de um homem maduro pleno de todos os seus desejos e sabedoria, com uma certa avidez pela vida que se esfuma para além dos canais, dos monumentos e dos amores constantes e presentes.
Compara a avidez sempre urgente da juventude com a cálida mensagem do ocaso da vida e do próprio mundo. Separa a fragilidade
da crueza dos tempos vividos, descreve momentos e locais de um fascínio incomparável. Odores, paladares, olhares, brisas e temperaturas que vão aos locais mais longínquos da alma e nos transportam a momentos ardentes e incomparáveis na premência de serem vividos gloriosamente.
Uma obra que ensina “A VIDA” sem a elevar, prejudicar ou enterrar, onde a morte se torna um elo indispensável à fogosidade perdida e à necessidade de paz e serenidade.
Eleva-nos também à perenidade de um sonho constante onde honestamente prevalecem os valores que deverão edificar a humanidade.
Um livro riquíssimo de conteúdos onde a mais prosaica das situações nos transporta de uma forma onírica e muito especial para a outra margem entre as árvores.
Isabel Andrea
21.05.09
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