A RAPOSA E A CIGARRA - Fábulas
(ESOPO)
São duas as formas que Esopo usou para falar da Raposa frente à cigarra. Numa delas, a cigarra está cantando e a Raposa tenta devorá-la, do mesmo modo que tomou o queijo do corvo, elogiando o canto e pedindo para que descesse dali para receber o abraço de sua admiradora Raposa. A cigarra responde-lhe que sabe muito bem quais são as intenções da Sabida. E o fabulista explica que ela já havia visto restos de cigarras nas fezes da Raposa. Na segunda versão de encontro da Cigarra com a Raposa, bem mais próxima da versão da Babilônia, o fabulista Esopo diz que Zeus quis testar a Raposa para ver se ela podia ser o Rei dos animais e a fez desfilar em carro régio. Ao meio do cortejo fez uma cigarra voar por perto da Raposa e ela não se conteve e tentou abocanhar o inseto que sempre lhe dava água na boca ao vê-lo. E Zeus lhe fez saber que nunca seria nomeada Rainha dos animais por causa da sua incontrolável gula. Na Suméria e Babilônia, ora é cigarra mesmo que voa, ora é uma folha de árvore que o deus-rei joga para testar a candidata ao Reinado. NOSSOS COMENTÁRIOS - Quando nossos votantes feitos deuses-reis escolhendo nossos governantes vão ter pelo menos a sabedoria da cigarra, não dando o abraço-voto aos Raposões-sabidos demagogos caçavotos? E não fiquem aborrecidos com a comparação que fez Esopo entre os votantes enganados com as cigarras que enxergam seus restos nas fezes da raposa... A gula destes Raposões é totalmente visível! A inteligência dessas cigarras cantantes e dançantes é o que está faltando, não acham?
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