Vagabundos de Nós
(Dr. Daniel Sampaio)
Diogo(o filho) e Luisa (a mãe) introduzem-nos no seu mundo muito próprio através de uma permuta de confidências para a qual, enquanto leitores, somos solicitados.
Diogo nasce, cresce, e Luisa observa-o, em permanente sobressalto. Diogo é diferente. Nas atitudes, nos gostos, na sensibilidade, nas amizades que procura. Sente-se perdido. Não pertence a nenhum lugar. Não se identifica. Luisa aprecebe-se do sofrimento e dos permanentes conflitos íntimos do filho. Mas tem relutância em admitir aquilo que, afinal, sabe. Sempre soube. O instinto de protecção que desenvolve cada vez com mais intensidade resulta num mundo a dois, isolado do restante núcleo familiar. Um mundo que ambos partilham e percorrem numa autentica via dolorosa. No diálogo franco e livre que sempre mantiveram, só tardiamente as palavras cruamente descodificadas de tanta amargura acontecem ( Mãe sou homossexual). Diogo, que fazer quando nos sentimos diferentes? Luisa, como gerir a tua frustração, a dor infinita que te consome ao tomares consciencia de que este filho tão amado não te dará nunca netos que adorarias ter, e que culturalmente sabes representarem o paradigma da cointinuidade da família?
Ler este livro é aprender uma experiência duríssima. É refletir profundamente sobre o "outro". Porque ser diferente não é uma questão de escolha.
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