Fábulas - RAPOSAS COM SEDE À MARGEM DO RIO MEANDRO
(ESOPO)
O rio Meandro corre em curvas passando pela cidade de Mileto. Conta o narrador que várias raposas chegaram à beira do rio com muita sede, mas estavam com medo de descer às águas e serem levadas pela correnteza, pois elas nadam muito mal. Como ninguém tinha coragem de tentar, uma delas, mais afoita, mais sedenta ou menos astuta, pulou à água e a correnteza a levou para longe da margem. As outras, curiosas ou maldosas, imploravam: "Volte! Queremos saber como podemos beber!" De longe, sem saber nadar, mas fingindo estar tudo bem, responde: "Agora eu tenho uma mensagem para Mileto. Vou levá-la e depois volto para ensinar como fazer!" A moral dos tradutores costuma ser: O fanfarrão nunca se dá por vencido. ANÁLISE - Eu, hein? Não sou mais sábio do que Esopo, nem mais astuto que as raposinhas gozadoras... Não me arrisco a analisar. Mas, você pode juntar mais um ponto no conto, se achar. Esse ponto a mais deve ser bem vigiado para não entrar na sugestão que vem por dentro das mentes... Adivinhem de que origem pode ser: da mesma fonte das fanfarronadas! As Sombras induzem à fanfarronada e também fazem o fanfarrão fingir ser dono de sua decisão errada!
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