A GRALHA E AS UVAS - fábulas
(ESOPO)
Não é repeteco de “A Raposa e as Uvas” não! Esopo conta: A Gralha chegou ao parreiral, atraída pelo riso dos animais após a Raposa desprezar os belos cachos de uvas que não conseguiu pegar, alegando: “As Uvas estavam Verdes!” Não estavam, não! Já se encontravam além de maduras! A gralha voa e as alcança. Comeu sem reconhecer limites à sua gula! E o mosto fermentou dentro da Gralha. O poder embriagador da bebida subiu à sua cabeça. Ela caiu estrebuchando pelo efeito da bebida e da congestão mortal que a acometeu. Exclamou, extasiada: “Finalmente estou saindo do corpo! Serei vidente doravante!” Um Corvo ouviu a exclamação e comentou: “Estás a sair do corpo, sim! Mas é para não voltar a ele! Achei o meu jantar!” Diz-se assim dos que abusam de inebriantes, acreditando que estão ganhando outros níveis de percepção. REVISÃO – Muito atual é essa parábola, mesmo depois de 2.600 anos! Sem comentários, mesmo! Que vai adiantar? Os envolvidos nem estão aí para aproveitar a lição. A Gralha ambicionava conquistar os dons da vidência sugestionada pelas Trevas. Também estava dominada pela Gula! O Corvo de capa preta devorou seu corpo do lado de cá. Lá do outro lado, outros capetas estavam esperando para saborear o produto de seu trabalho. Quando a Gralha protestou por ser espetada e levada ao braseiro alegando: “Fiz tudo como as Sombras ensinaram e agora me pagam devorando?” Recebeu a resposta evidente: “Para que pensa você que eu engordei sua Gula e sua Ambição? Isso tudo é uma deliciosa gordurinha de minha criação terrestre... Vou saborear o prato que eu produzi!”
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