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Maria da Fonte
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Braço no ar, foice ao ombro, por vezes pistola na mão, busto generoso, moldado por um corpete justo, saia rodada até aos pés descalços, é a imagem que todos têm da Maria da Fonte mas ninguém sabe quem foi.
Fica a ideia de que se tratou de uma grande revolucionária, e as estátuas espalhadas pelo país fazem querer a nossa a imaginação a confundi-la com a República.
Maria da Fonte, foi o nome de um movimento colectivo de cariz marcadamente conservador e nada teve a ver com revolucionário.
Depois das Invasões Francesas (1807-1811) e a guerra civil ganha pelos liberais (1828-1834) contra os absolutistas, Portugal ainda estava à procura de “normalidade democrática”.
No dia 19 de Março de 1846, o pároco de freguesia da Póvoa de Lanhoso, no Minho, não conseguiu fazer cumprir a nova lei segundo a qual, em nome da higiene pública e para evitar epidemias, os enterros passavam a fazer-se em cemitérios e não no interior das igrejas. A oposição ao decreto foi protagonizada por um grupo de mulheres armadas de foices e gadanhas. O rastilho alastrou por toda a região minhota e transmontana e da contestação à “lei da saúde” rapidamente se passou para uma insurreição generalizada contra o governo de Costa Cabral, da direita moderada.
Essa oposição juntou no mesmo saco os esquerdistas radicais conhecidos como setembristas e os reaccionários miguelistas saudosos da monarquia absoluta.
Falhada a tentativa de esmagamento da sublevação, a rainha D. Maria II, viu-se obrigada a demitir o governo e a mandar para o exílio Costa Cabral e seu irmão José Cabral , ministro da justiça.
As rivalidades entre Saldanha, Palmela e o duque da Terceira levaram depois à guerra civil de 1846-47 que ficaria conhecida como Patuleia e que só terminou com a intervenção inglesa e espanhola que reconduziram Costa Cabral ao poder.
Regressada a instabilidade, só em 1851 a Regeneração inauguraria o longo período da Monarquia Constitucional que duraria até à implantação da República em 1910 e se prolongaria já sob o verde e o encarnado até ao golpe de 28 de Maio de 1926.
Porque se chamou a este movimento contestatário de 1846 de Revolta da Maria da Fonte? Porque reza a moderna lenda, que uma das mais assanhadas líderes de luta contra os enterros nos cemitérios foi uma tal Maria, residente na freguesia de Fonte Arcada, perto de Penafiel.



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