A arte de não dizer a verdade
(Adam Soboczynski)
O imperativo do nosso tempo, na vida pública no trabalho ou na vida diária mais simples, parece ser a autenticidade. No entanto, como nos mostra Adam Soboczynski neste ensaio brilhante e provocatário, na verdade, a nossa vida é regida pela dissimulação: quer se trate de uma mulher inamorada que temos de afastar com delicadeza, de uma entrevista de emprego em que se é interpelado sobre as próprias fraquezas ou de uma relação não propriamente imaculada entre um professor e uma sua aluna, a fazer de patrão é sempre a ficção, mascaramento das nossas paixões verdadeiras e intenções. É uma arte que requer inteligência, sem dúvida, difícil de dominar, mas não impossível de aprender: Soboczynski nos dá uma riqueza de exemplos. Através de 33 histórias exemplares, o autor mostra que a arte de fingir, que desempenhava um papel fundamental na vida da corte, experimenta um novo boom na era capitalista. Nesta vida não há que ser autêntico, mas fingir para parecê-lo. Cabe ao leitor decidir se toma este texto (hilariante, provocativo e agudo) como um retrato crítico da nossa sociedade ou como um peculirar manual de instruções para triunfar nessa mesma sociedade.
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