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Sagarana - 7prt
(anabordin)

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CORPO
FECHADO ? Manuel Fulô, depois de algum tempo trancado no quarto com
Antônio feiticeiro, saiu teso, cara de mau, olhar fixo. E assim,
caminhou para a rua: ia ao encontro de Targino. Todos ficaram
assustados. Antônio Feiticeiro explicou: Manuel Fulô estava com o corpo
fechado. Arma de fogo não tinha poder sobre ele. A mãe de Manuel pediu
que segurassem o filho dela, pois seu Toniquinho pusera-o doido. \"Mas
ninguém transpôs a porta\". E lá estavam os dois, Targino e Manuel
Fulô, frente a frente. Manuel falou primeiro, xingando a mãe DO
valentão. Mexeu na cintura e tirou dela uma faquinha quase canivete.
Cresceu para cima de Targino. Foram cinco tiros, as balas zuniram.
Manuel Fulô pulou sobre Targino e aplicou-lhe várias facadas pela
altura do peito. O valentão capotou e morreu num átimo. Manuel Fulô
ainda lhe deu mais facadas, sujando-se todo de sangue.
 
FESTA
? Manuel Fulô fez um mês inteiro de festa e até adiou o casamento, pois
o padre teimou que não matrimoniava gente bêbeda. O narrador foi o
padrinho.

8 - Conversa de bois
DADOS TÉCNICOS
NARRATIVA ? Conto narrado na primeira pessoa. O narrador participa da história e tem visão limitada dos fatos que narra.
PERSONAGENS

Tiãozinho:
Menino-guia. Odiava o Agenor carreiro, pois o malvado vivia fazendo
carinho na mãe de Tiãozinho, mesmo quando o pai do menino ainda estava
vivo, entrevado em cima de um jirau.
Agenor Soronho: Carreiro. Mandava em Tiãozinho como se fosse pai dele.
Januário: Pai de Tiãozinho.
CENÁRIO ? Estrada no interior de Minas Gerais.
RESUMO
CARRO,
BOIS, CARREIRO E GUIA ? O autor produz uma história valorizando quatro
elementos importantes da paisagem do interior de Minas. O carro, puxado
por bois, vai cortando o sertão, levando rapadura e um defunto ? o pai
de Tiãozinho (cego e entrevado, já de anos, no jirau) para o arraial.
Os bois, enquanto arrastam o carro, vão conversando, emitindo opinião
sobre muitas coisas, principalmente sobre os homens.
NOMES
DOS BOIS ? Buscapé e Namorado: são os bois da guia, os dois que vão bem
à frente do carro. Capitão e Brabagato: bois que vão mais atrás,
TIÃOZINHO
? O pai de Tiãozinho, Januário, vivia, há muitos anos, entrevado e cego
em cima de um jirau. A mãe de Tião não tinha mais paciência de cuidar
do enfermo. Guardava seus carinhos para Soronho carreiro. De noite,
enquanto todos dormiam, Tiãozinho ouvia os soluços do pai, um choro
doído, sem consolo.
REVOLTA
? Tiãozinho odeia Agenor Soronho. Mesmo quando o pai estava vivo, o
carreiro tinha autorização para xingar, bater de cabresto, de vara de
marmelo, de pau... Que seria dele agora, com o pai morto? Tiãozinho
tentava fazer tudo direito: capinava, tirava leite, buscava os bois no
pasto, guiava-os no carro de boi. "Quando crescer, quando ficar homem,
vai ensinar ao seu Agenor Soronho... Ah, isso vai!... Há de tirar
desforra boa, que Deus é grande!..."
MORTE
? O caminhar cadenciado e monótono levou Agenor Soronho ao sono. O
perigo era iminente. Se caísse, as rodas do carro de boi passariam por
cima dele. Na frente dos bois, Tiãozinho andava meio acordado, meio
dormindo. Nesse quase estupor, o pensamento coincidia com a fala dos
bois. Era como se o menino fosse boi também. Os bois entendiam o
pensamento dele: falava em vingança, em morte do carreiro. De repente,
meio inconsciente, Tiãozinho deu um grito, os bois saltaram, todos a um
tempo, para frente, e Agenor Soronho caiu. Uma das rodas do carro
passou por cima do pescoço dele, quase o degolando. Estava morto.
Agora, com dois defuntos, a caminhada ficou mais alegre.
 



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