A Casa Onde Bárbara Mora
(Rafaela Plácido)
Nascida de uma família com tradições ancestrais por parte do avô continental onde outrora ocorrera um caso macabro, Bárbara é filha de um casal pouco harmonioso em que o pai só pensa em dinheiro e a mãe na maneira de o gastar. Desde bem pequena o pilar da família e a dona da casa, o pouco equilíbrio que a jovem impunha na vida de todos começa a desmoronar-se quando ela aos poucos vai perdendo a visão. A história cruza-se entre os Açores e o Continente, depois de João de Melo ir até lá cumprir o serviço militar quase nos finais da Segunda Guerra Mundial e de conhecer Beatriz, com quem veio a casar. A única filha do casal, Mercedes, foi criada com um mimo exacerbado que sempre a impediu de crescer, mantendo-se como uma criança numa procura permanente do príncipe encantado. Mesmo depois do casamento com o primo por parte do pai, um homem algo prepotente e sobre quem impendia exclusivamente a administração da vida da mulher e dos quatro filhos que a mãe nunca conseguiu orientar. Quase completamente cega e quando procurava a cura da doença que se revelara de origem genética, Bárbara e a mãe cruzam- se com um rapaz por quem ambas nutriam alguma simpatia, vindo então a rapariga a descobrir que tinha na progenitora, muito mais do que uma mãe, uma mulher que competia com ela. Pelo meio, existe muito preconceito da família acerca da doença da jovem, facto que a todo o custo tendem a ocultar como se a jovem padecesse de algo decisivamente contagioso. Depois, é a inexistência de diálogo e a sensação permanente de isolamento com que Bárbara se debate. Um romance onde se pode aprender bastante sobre deficiência e sobre a maneira de lidar com ela.
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