A Águia E A Galinha
(LEONARDO BOFF)
Se todo o ponto de vista é a vista de um ponto, Leonardo Boff conseguiu como ninguém extrair de uma história, que vem da África, metáfora para atingir três pontos sensíveis da condição humana: as mulheres; aos que, embora sendo águias, Se submetem ao estágio galinha e, mais precisamente, ao povo negro e indígena, os quais carregam dentro de si desejo imenso de serem águia. Valendo-se do personagem James Aggrey, político e educador, natural de Gana, o autor nos faz compreender que nossa ação é a responsável pela nossa libertação, liberdade esta que se dá início em nossa própria consciência; que ler nos leva a reler, o que, por sua vez, nos faz compreender e interpretar, uma vez que cada qual lê de acordo com a compreensão que tem de espaço e lugar. Assim, a história é contada sob várias formas, mostrando que na abordagem de um tema, é possível obter-se várias interpretações. A fantástica leitura leva, portanto, a outras releituras; muitos despertarão a águia adormecida na galinha; muitos continuarão na condição galinha; muitos morrerão por não poderem soltar a águia aprisionada dentro de si. Dessa forma, o leitor é convidado a se tornar um co-autor, num mundo criado e por ser criado.
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