A Cidade Antiga
(Fustel de Coulanges)
O francês Fustel tras uma revisão bastante interessante acerca dos costumes e das leis greco-romanas. Complementada por incursões na culturahindú. As fontes do escritor são os textos que sobreviveram ao tempo. Destacam-se Heródoto, Plínio, o Moço, Dracon, além de Homero; este muito mais por análise da obra, incluindo-se nesta categoria Virgílio. Nota-se que os costumes eram a base da sociedade e da religião. Sendo que as leis vinham para corroborar e manter estes costumes. O costume mais forte foi o relacionado com a morte, e todos os outro partiram dele. Não existiam deuses. Os mortos eram os deuses. Então cada família possuia seu deus. Que deveria ser reverenciado pelos vivos da família. Pontua-se que esta análise valia somente para os do sexo masculino. Os processos de divórcio, adoção, sucessão e todos os demais eram baseados unica e exclusivamente nesta direção. De se manter um homem vivo para reverenciar os homens mortos da família. O lar era a igreja do homem antigo. Assim como o fogo que deveria ser mantido acesso e tinha status de divindade; não podendo ser utilizado nem mesmo para o aquecimento do corpo, no inverno. Acreditava-se que o morto continuaria sua vida embaixo da terra. Antes dos conceitos metafísicos de Homero. Não se acreditava em reencarnação e nem em outro mundo ou Paraíso.Mas acreditava-se na interação entre vivos e mortos. Os mortos dependiam da reverencia dos vivos para não se desgraçarem. Leis foram editadas no aspecto de se fazer valer a vontade do morto. Como ocorre hoje. Todo morto deveria ser enterrado apenas pela família. Nem os amigos eram permitidos nas cerimônias fúnebres. Há o caso do general grego que não quis retornar ao mar para buscar os corpos dos soldados e foi posteriormente condenadoà morte e ao não sepultamento, por deixá-los para trás, sem um enterro formal. Acreditava-se que quem não fosse enterrado, permaneceria vagando após a morte. Entrando no campo da filosofia, é interessante perceber como a questão da morte permanece até hoje intrincada na mente humana. Fica aí um breve relato acerca de como a morte foi o primeiro e mais forte contato do ser humano com si próprio.
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