O Governo Da Itamar Franco (1995 - 1994)
(LUXJUS)
1. O Governo da Itamar Franco (1995 - 1994) Refletindo as crescentes dificuldades econômicas nacionais, o governo Itamar Franco conseguiu alianças políticas não muito estáveis, produzindo sucessivas nomeações e demissões de ministros de Estado e de outros cargos do primeiro escalão do Governo. A área da Fazenda, à qual pertence o controle geral da economia nacional, mostrou-se a mais crítica. Vivia-se mais uma vez, em meio às alterações na equipe governamental, especulações, temores de novos planos econômicos de impacto, anúncio de privatizações, desmentidos oficiais quanto a congelamento de preços, salários, etc. Segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano - 1993, da ONU, com base na combinação de índices como analfabetismo, distribuição de renda e mortalidade infantil, o Brasil caiu da 59° posição para a 70' na classificação mundial das condições de vida. Essa classificação confirma o resultado de décadas de empobrecimento da maioria da população e a crescente concentração de riquezas nas mãos de uma reduzida elite. À instabilidade política e à fragilidade do País, em 1993, acrescentara-se discussões sobre a forma, sistema e estruturas governamentais. Fez-se um plebiscito para definir a forma de governo (República ou Monarquia) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo), com uma vitória esmagadora da República presidencialista. Tiveram início, em seguida, as discussões para a reforma da Constituição de 1988, que avançaram durante os primeiros meses de 1994, sem que se chegasse a finalizar os trabalhos da revisão. Em 1994, o Brasil viveu duas fases distintas na área econômica: depois de uma continuada elevação dos índices inflacionários, houve uma reversão dessa tendência, aos mesmo tempo que continuava o crescimento econômico nacional. Os índices inflacionários mantiveram a tendência ascendente até junho de 1994, quando surgiram os primeiros efeitos positivos do novo plano de estabilização da economia - o Plano Real - iniciado pelo ministro Fernando Henrique Cardoso e implantado sem choques. Ao mesmo tempo em que caía a inflação, ocorria também uma valorização da nova moeda nacional frente ao dólar, o que, associado às facilidades de importação criadas pelo Governo, estabeleceu a ampliação do consumo, o que impulsionou a atividade econômica e as vendas no final de 1994. Impulsionada pelo Plano Real, a candidatura de Fernando Henrique a presidente da República cresceu sem parar. Seu principal adversário, Luís Inácio Lula da Silva, experimentou quedas cada vez maiores nos índices das pesquisas. Fernando Henrique venceu no primeiro turno, realizado em 3 de outubro, com quase 55% dos votos.
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