Copa do Mundo, O Mundial dos Trintões
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Esse mundial é mesmo dos trintões. É que boa parte dos jogadores que disputam a Copa do Mundo tem mais de trinta anos. Na primeira Copa, em 1930, a Iugoslávia tinha um time formado por jogadores com 21 anos, em média. Hoje, 2006, o Mundial da Alemanha é respeitável. Temos, na França, Barthez, Thuram e Zidane, com 34 e Makélélé, com 33 anos. A Itália tem Cannavaro, com 32 e Del Piero com 31 anos. No entanto, Gilardino está com 23! Para Lehmann (Alemanha), Van der Sar (Holanda), Larsson (Suécia), Figo (Portugal) e Crespo (Argentina) pode ser a última comemoração. Mas falar em idade mais avançada não significa imaginar perdas. O Brasil foi campeão do Mundial de 1962, com os 37 anos mais bem jogados de Nílton Santos. Hoje, os ‘vovôs’ da Seleção Brasileira, no Mundial da Alemanha, são Cafu (36 anos), Roberto Carlos (33), Dida (32), Zé Roberto (31) e Emerson (30). Cafu e Roberto, por jogarem nas laterais, precisam de bastante fôlego para atacar e marcar os atacantes adversários. Apesar do excelente preparo físico, os adversários podem concentrar sua estratégia nessa pequena fragilidade brasileira. Mas o que vale em grandes decisões, e muito, é a famosa experiência. E isso os ‘vovôs’ brasileiros têm de sobra. Os testes com o preparador físico Moraci Sant’Anna, já na Suíça, estão com resultados normais. Os jogadores brasileiros têm, em média, uns 72 jogos pela Seleção. Só para ilustrar, Ronaldinho Gaúcho, com 26 anos, jogou mais pelo Brasil do que Nilton Santos, com 33 anos, em 1958. Apesar da experiência, cuidados são necessários. Exercícios que exigem muito esforço podem provocar lesões musculares, principalmente naqueles jogadores que atuam em times europeus e que acabaram, agora, uma temporada de jogos. Daí a necessidade de treinos mais leves. Enfim, em jogos da Copa, na Alemanha, vale toda a determinação e patriotismo. Torçamos para que todos dêem conta do recado, como fez Djalma Santos, aos 33 anos, na Copa de 1962, no Chile. Hoje, com o futebol corrido como um corisco, vale a experiência dos ‘vovôs’ e a juventude e fôlego dos mais novos. Cada um entrando e saindo de campo na hora certa, para que o título seja brasileiro outra vez.
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