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O Novo Espírito Científico
(Gaston Bachelard)

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O livro O Novo Espírito Científico do poeta e filósofo francês, Gaston Bachelard, foi publicado em 1934. É uma obra consagrada às observações psicológicas que permitem perceber o quanto a experiência imediata instrui mal, nos tornando vítimas do caráter unilateral da experiência mecânica inicial segundo o autor. Baseando-se na análise das geometrias não euclidianas, na mecânica não newtoniana, na ondulatória de Luis de Broglie, no princípio da incerteza de Heisenberg, Bachelard convida ao esforço de ruptura com os hábitos psicológicos que segundo ele, são responsáveis pelo pensamento estático que resiste as mudanças a que a experiência realizante convida. A obra se divide em seis capítulos, sendo: Introdução: A complexidade essencial da filosofia científica - Plano da obra; Cap. I - os dilemas da filosofia geométrica; Cap. II - a mecânica não-newtoniana; Cap. III - matéria e irradiação; Cap. IV - ondas e corpúsculos; Cap. V - determinismo e indeterminismo - a noção de objeto e, no Cap. VI, a noção de epistemologia não cartesiana. Para Bachelard a revolução produzida nas ciências fundamentais no fim do sec. XIX e princípios do séc. XX, levou-o a repensar as relações entre a razão e a experiência. A experiência ja não pode ser considerada como uma simples verificação da hipótese que, seria ela própria, diretamente sugerida pela observação, como queria o empirismo. A experiência científica é uma hipótese confirmada; a hipótese é a síntese. O vetor da ciência moderna vai do racional ao real; começa pela construção teórica abstrata e produz racionalmente um processo experimental. Para Bachelard, o pensamento é uma força e não uma substância; quanto maior essa força, mais elevada é a promoção do ser. A idéia não é um resumo das experiências, e também, não é da ordem da reminescência, antes, é da ordem da preciência, não é um resumo, é um programa. No séc. XIX, para as ciências, as bases racionais do mecanicismo eram inabaláveis; a ciência era orientada pelo ideal analítico e cartesiano; espaço e tempo, absolutamente separados, favoreciam a intuição analítica. O que se verifica na ciência contemporânea é que existe uma correlação essencial evidente nas noções, que não são mais explicativas, e sim, precisam ser explicadas e construídas. A intuição matemática com seu cuidado de completude substitui a intuição experimental com suas simplificações arbitrárias. Daí surge uma preocupação crescente em conservar aberto o campo de explicações, característica de uma psicologia científica receptiva.



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