macaquinhos de imitação
(site internet)
Macaquinhos de imitação Na minha adolescência tinha uma amiga que, sempre que era apresentada a algum rapaz cobiçado por outra amiga, não desistia enquanto não o conquistasse. Era um comportamento compulsivo e repetitivo. Como ela não era propriamente genial, facilmente ultrapassávamos o problema: dizíamos que gostávamos de um, para a entreter, e focávamo-nos no outro, o que realmente nos interessava. Ela caía sempre. Noutro dia, falava com um amigo que contou uma história muito semelhante: Um amigo dele tinha uma atracção imediata pelas mulheres que os outros diziam ser giras. Como também não era um génio, os amigos aplicavam o mesmo remédio: mentir sobre o seu verdadeiro gosto. Segundo a teoria deste meu amigo, o outro devia ser gay, por isso não sabia que rapariga escolher. Daí confiar mais na opinião dos outros do que na sua. Não sei se a minha amiga de infância sofria deste mal de não se assumir. Sempre pensei que ela precisava de sobressair na única coisa em que realmente era boa: utilizar os seus dotes para conquistar homens. Desde então, tenho reparado noutros casos semelhantes. Pessoas que reparam em alguém só porque o amigo ou amiga gostou, ou porque aquele alguém que admiram, se casou com ele. Como se confiassem mais no gosto dos outros do que no seu próprio, ou achassem que seria um grande feito se fossem as escolhidas do objecto de desejo dos outros. Só que, para além da futilidade da situação, esquecem-se de um pormenor: nem sempre a pessoa que admiram consegue deixar de se apaixonar por um idiota. Por isso, muitas vezes acabam por ficar com um palerma, sem sequer estarem apaixonadas, com a ilusão de que ganharam a lotaria.
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