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O Príncipe
(Nocolau Maquiavel)

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O PRÍNCIPE - NICOLAU MAQUIAVEL[BR]
Maquiavel é um autor clássico da Ciência Política e um de seus precursores, pois sugeriu uma nova forma de analisar a política: análise das formas concretas da ação política, isto é, ver a política como ela é e não como deveria ser. Para isso, Maquiavel rompe com escritores anteriores que tratavam do vir a ser da política, como, por exemplo, Erasmo de Roterdã, que escreveu Manual do perfeito príncipe cristão.
Na sua obra, Maquiavel faz uma descrição, ao invés de uma prescrição. Assim, ele propõe a noção moderna de objetividade científica e analisa a política de acordo com a disposição dos atores políticos e suas ações. E convém ressaltar que Maquiavel trabalha muitas idéias práticas, mas não se restringe a idéias morais.
A obra “O Príncipe” é um clássico da Ciência Política porque se trata de um modelo para a compreensão da realidade, isto é, trata-se de um livro atemporal. Ele não trabalha a política, como já dissemos, como ela deveria ser, mas como ela realmente é, crua e nua.
Mas a base de toda a visão política e histórica de Maquiavel é a sua antropologia: a natureza humana é decaída e pérfida e, aqui, todos os fatos históricos são explicados.
Assim, a contribuição de Maquiavel para a Ciência Política é analisar a política como ela é.[1] Aqui se percebe – no capítulo XV – a objetividade científica de Maquiavel, com imparcialidade e sem juízo de valores.
A base de “O Príncipe” é entender as inclinações da natureza humana, ou seja, a sua antropologia. Entendendo a antropologia de Maquiavel, é possível entender a sua teoria política.
Mais uma vez nos perguntamos: qual a antropologia de Maquiavel? O ser humano é aquele propenso para o mal, tem inclinações nefastas. A natureza humana é decaída, corrompida, é uma das piores espécies.[2] A essência humana, para Maquiavel, é pérfida, logo, é tendenciosa à corrupção. Dessa maneira, o príncipe (e deve-se entender “príncipe” como o “ator político”) deve estar ciente dessa realidade humana e tomar posição, ou seja, não confiar nos seres humanos, mas ser ardiloso em suas ações.
Para Maquiavel, a ação política é uma intervenção humana, é a possibilidade de intervir na realidade. Assim, a transformação da essência humana se dá, também, pela ação política. Aqui cabe ao príncipe tomar todas as ações necessárias – os fins justificam os meios – para interferir na situação humana. Dessa maneira, se perguntarmos qual o objetivo da ação política para Maquiavel, encontraremos a seguinte resposta: alterar a natureza humana.
Depois disso, dois conceitos maquiavelianos serão decorrentes: virtu e fortuna.[3] Isso representa que o acaso deve ser dominado pela virtu, pela competência do príncipe.
Ele ainda vai afirmar que a política é aparência e dissimulação[4] e que os fins justificam os meios.[5]




[1] cf. capítulo XV, onde temos a tese central de Maquiavel.

[2]cf. XVII,2

[3] cf. XXV,1

[4] cf. XVII,3

[5] cf. XVIII,5



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