Folha de Sao Paolo
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Mais uma pessoa morre com suspeita de febre amarela JOHANNA NUBLAT ANGELA PINHO da Folha de S.Paulo, em Brasília Um paciente morreu e outros dois estão internados em Brasília com suspeita de febre amarela, segundo a Secretaria de Saúde. Os laudos definitivos, de acordo com o governo, saem até o final da semana. No fim de semana, um homem morreu em Goiânia com suspeita da febre amarela. Ele teria contraído a doença no interior do Estado, em Uruaçu. O paciente que morreu era de São Sebastião, cidade-satélite de Brasília, e tinha 34 anos. Foi internado no Hospital Regional da Asa Norte na sexta à noite e morreu na tarde de sábado. Apesar da suspeita de febre amarela, outras causas estão sendo investigadas -dengue, leptospirose e hantavirose. De acordo com o secretário de Saúde, Geraldo Maciel, a necropsia realizada não "sugere" febre amarela, mas ainda não é possível descartar a hipótese. Segundo Jair Yamamoto, da Vigilância à Saúde, não é possível dizer ainda se o paciente teria contraído a doença dentro ou fora do Distrito Federal. Outro paciente com a suspeita da doença, Graco Carvalho Abubakir, 38, estava internado ontem em estado grave no hospital Santa Luzia. Segundo Yamamoto, o paciente esteve na região de Pirenópolis (GO) na quarta-feira, e chegou ao hospital com sintomas da febre amarela na sexta à noite. Abubakir mora no Lago Norte, área nobre de Brasília. Pirenópolis é uma cidade histórica cercada por cachoeiras, também utilizadas para trilhas. Em nota, o hospital informou que ele chegou à emergência com relato de febre de 39 graus, dores no corpo, dor de cabeça, diarréia e náuseas. Os sintomas, clássicos de febre amarela mas que não eram severos, teriam começado dois dias antes. Foram descartadas dengue hemorrágica e hepatite. O outro caso com suspeita da doença no DF é de uma mulher de 29 anos que está internada no hospital Regional de Sobradinho desde o fim de semana. Ela chegou ao hospital com sintomas mais amenos e seu quadro permanecia estável, sem agravamento até ontem. O secretário disse que a hipótese mais provável é de leishmaniose visceral; ele não descarta, porém, a febre amarela. Nos três casos, a suspeita é de febre amarela silvestre. Há dois tipos da doença: a urbana, que é transmitida pelo mesmo mosquito da dengue -o Aedes aegypti-, e a silvestre, que tem como vetor outros dois mosquitos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não registra um caso de febre amarela urbana desde 1942. O DF registrou apenas dois casos de febre amarela silvestre, em 2000. Os pacientes teriam contraído a doença em município de Goiás.
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