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CEM DIAS ENTRE CEU E O MAR
(KLINK; AMYR)

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Este livro e uma verdadeira odisseia moderna, que transporta o leitor para a superfície ora cinzenta, ora azulada do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice das alegrias e temores do navegante solitário. No meio da narrativa de sua travessia solitária num pequeno barco a remo a "lâmpada flutuante" (o apelido que ele deu a seu minúsculo barco a remos), entre a África e a Baia, é mais o registo de uma façanha desportiva. Amyr Klink revela-nos a sua atracção pelos relatos de expedições marítimas de três navegadores que fizeram a conquista do Pólo Sul. O leitor atento perceberá nestas páginas ecos das narrativas de Conrad, do Jack London de O lobo do mar, das epopeias portuguesas que desvendaram o mar Oceano e, sobretudo, das viagens de grandes exploradores polares como Amundsen, Schackleton e Scott. Segundo Amyr, eram relatos fascinantes, principalmente porque ele os lia sentado numa escrivaninha, na casa da família em Paraty. Assim dizendo, o autor desvenda o segredo das histórias que leu e das que escreve desde então: aventura é aventura mesmo quando é vivida e, depois, contada. Os mares a que Amyr Klink se lançou já tinham sido antes por outros navegados. Não havia propriamente novidade no trajecto, que muito se baseava nas correntes e ciclos de ventos pelos portugueses dos tempos dos grandes descobrimentos. Também não havia grande espanto no pequeno tamanho do barco a remo, já que outros de seus portes já tinham vencido águas geladas e raivosas. Mas sobrava a vontade de se valer das experiências anteriores para desenhar um desafio: o de querer fazer e conseguir juntar pessoas em torno de uma ideia. A preparação da viagem é tão rica em coincidências e cuidados quanto o desenrolar dos dias no mar é rico em peripécias. As emoções vêm do respeito às grandes tempestades, dos sustos com os ataques dos tubarões, a companhia dos peixes dourados, e do deslumbramento com a aproximação de uma creche: filhotes de baleias, fêmeas e um zeloso macho negro. O quotidiano é feito de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos, de tirar alegria da refeição deliciosamente desidratada, e de ter muito tempo para só contar consigo diante do poder maior da natureza. Dessa rotina surge um homem sem dúvidas, forte o suficiente para traduzir o que aprendeu, em belas frases (O medo de quem navega não é o mar, mas a terra) ou em sinceros e sábios lugares-comuns (No mar, o menor caminho entre dois pontos não é necessariamente o mais curto, mas aquele que conta com o máximo de condições favoráveis). Ao lado da qualidade épica com o meio natural aprendida no convívio com a cultura caiçara do litoral brasileiro, aliada em seus projectos ao que existe de mais avançado no mundo da tecnologia. E é bem essa mistura de valores tradicionais e ousadia, que sustenta este navegador em seus difíceis desafios. Relato da primeira travessia do Atlântico Sul em barco a remo realizada em 1984. Como diz o próprio Amyr, em seu livro Cem dias entre o céu e o mar, “…que mais poderia alguém no mundo desejar do que olhar nos olhos das baleias, conversar com as gaivotas sobre os azimutes da vida, procurando durante cem dias e cem noites um único objectivo e subtilmente, tê-lo diante dos olhos, ao alcance dos pés, numa tranquila tarde de terça-feira?” Mas o melhor de tudo, é ter a hipótese de compartilhar das aventuras de Amyr, lendo seus relatos de viagem e participando dos dias de tempestade no mar alto, com ondas de oito metros de altura; do comovente encontro com a “creche de baleias”; e da emoção da chegada, na praia da espera, em Salvador, após remar 32 horas consecutivas na última etapa da viagem. Ao final da leitura,o leitor sente-se um pouco aprendiz dos mares, e disposto a enfrentar um de seus medos, aliás o único permitido ao navegador: o medo de nunca partir. A estreia literária de Amyr Klink é o relato de uma verdadeira odisseia moderna, que transporta o leitor para a superfície do Atlântico Sul, tornando-o cúmplice das alegrias e temores do navegante solitário,narrando, passo a passo, os preparativos, as lutas, os obstáculos e os presságios que cercaram sua primeira viagem extraordinária. A saga do brasileiro que navega sozinho pelos mares do mundo e planeja um dia levar também a mulher e as três filhas. O pai, empresário libanês apaixonado por Paraty, ensinou-lhe a não ter apego aos bens materiais. A mãe, sueca, era artista plástica e o incentivava à leitura. Amyr, segundo dos quatro filhos do casal, mudou-se para Paraty e desde pequeno admirava as embarcações no porto da cidade. Na época sua atenção já se voltava para a leitura de aventuras e viagens. Aos 10 anos, Amyr começou a coleccionar canoas, o que o ajudou a fundar o Museu Nacional do Mar, em São Francisco do Sul, SC (1991) • Foi remador do Clube Espéria (1974 a 1980) • Fez mais de 2.000 quilómetros em pequeno barco a motor na Amazónia, seguindo o curso dos Rios Negro e Madeira • Foi de moto à Patagónia e escalou a Cordilheira dos Andes, percorrendo todo o território do Chile, aos 19 anos • Em1978 fez a travessia Santos–Paraty em canoa • Em 1980 fez em catamarã as travessias Paraty–Santos e Salvador–Santos, a última em 22 dias • Em 1982 velejou de Salvador a Fernando de Noronha. Sempre foi homem de múltiplas actividade



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