Tempo sagrado vs. Tempo Profano
(U.M.)
Tempo Sagrado
Tempo Profano
O tempo das festas (periódicas)
A duração temporal ordinária na qual se inscrevem os actos privados de significação religiosa
Tempo mítico primordial tornado presente. Toda a festa religiosa, todo o tempo litúrgico, representa a reactualização de um evento sagrado que teve lugar num passado mítico, “no começo”
O homem não religioso conhece uma certa descontinuidade e heterogeneidade do tempo
É indefinidamente recuperável, indefinidamente repetível, mantém-se sempre igual a si mesmo, não muda nem se esgota. Com cada festa periódica reencontra-se o mesmo tempo sagrado
Para o homem não religioso a qualidade trans-humana do tempo litúrgico é inacessível, o tempo constitui a mais profunda dimensão existencial do homem, tem um começo e um fim, que é a morte
Reencontra-se na festa a 1ª aparição do tempo sagrado, tal qual ela se efectuou
O homem não religioso sabe que se trata sempre de uma experiência humana, onde nenhuma presença divina se pode inserir
O homem religioso recusa-se a viver unicamente do que se chama “o presente histórico”, esforça-se por tornar a unir-se a um tempo sagrado
É o eterno presente do acontecimento mítico que torna possível a duração profana dos eventos históricos
O homem religioso conhece intervalos que são “sagrados”, é um tempo primordial, santificado pelos deuses e susceptível de ser tornado presente pela festa
Na perspectiva da existência profana, o homem só reconhece a responsabilidade para consigo mesmo e para com a sociedade
O tempo sagrado é um tempo mítico, não identificável no passado histórico, é um tempo original
O que os homens fazem pertence à esfera do profano
A festa não é a comemoração de um acontecimento mítico (e portanto religioso) mas sim a sua reactualização
O homem profano quer-se apenas constituído unicamente pela História humana
A reactualização periódica dos actos criadores efectuados pelos seres divinos constitui o calendário sagrado, o conjunto das festas. Uma festa desenrola-se sempre no tempo original
São as reactualizações periódicas dos gestos divinos, as festas religiosas que voltam a ensinar aos homens a sacralidade dos modelos
O tempo sagrado é sempre o mesmo, é uma “sucessão de eternidades”
O homem religioso sente a necessidade de mergulhar periodicamente no tempo sagrado. Para ele, é o tempo sagrado que torna possível o outro tempo, ordinário, a duração profana em que se desenrola toda a existência humana
Na festa reencontra-se plenamente a dimensão sagrada da Vida, experimenta-se a santidade da existência humana como criação divina
O tempo mítico que o homem se esforça por reactualizar periodicamente é um tempo santificado pela presença divina, e pode dizer-se que o desejo de viver na presença divina e num mundo perfeito corresponde à nostalgia de uma situação paradisíaca
O homem religioso é por excelência um homem paralisado pelo mito do eterno retorno
O mito conta uma história sagrada, um acontecimento primordial que teve lugar no começo do tempo. Contar uma história sagrada equivale a revelar um Ministério, porque as personagens do mito não são seres humanos
Tudo quanto os Deuses ou os antepassados fizeram pertence à esfera do sagrado
O homem religioso só se reconhece verdadeiramente homem na medida em que imita os Deuses, os Heróis civilizadores ou os antepassados míticos
O homem religioso considera-se feito pelo História, mas a única História que o interessa é a História sagrada revelada pelos mitos
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