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O Gato Malhado E A Andorinha Sinhá: Uma História De Amor
(Jorge Amado)

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Esta pequena-grande obra de Jorge Amado é baseada na trova de Estevão da Escuna, poeta popular da Bahia, que rezava da seguinte forma:
«O mundo só vai prestar
Para nele se viver
No dia em que a gente ver
Um gato maltês casar
Com uma alegre andorinha
Saindo os dois a voar
O noivo e sua noivinha
Dom Gato e Dona Andorinha»
Este foi o mote do grande escritor brasileiro para esta fábula dos tempos modernos, que conta a história de amor insólita entre um gato, considerado como a criatura mais egoísta e solitária das redondezas e uma bela e gentil andorinha.
Com a duração de três doces estações, o improvável romance entre as duas criaturas das «profundas do passado quando os bichos falavam» sobrevive às críticas sociais, à diferença de idades dos dois amantes e às diferenças de carácter entre ambos, para enfim esbarrar na cruel e ?natural? evidência, escondida pela paixão inicial, de que «uma andorinha não pode, jamais, casar com um gato».
O enredo, no entanto, não se esgota no amor entre o gato malhado e a delicada ave migratória, que acaba por ser uma história dentro de outra história. De facto, a paixão entre os dois animais é, afinal, uma história que a Manhã contou ao Tempo, depois de a ter ouvido da boca do Vento, perdido de amores pela Manhã. Já o autor, por seu turno, assevera tê-la escutado do «ilustre sapo Cururu»?
Trata-se aqui, nestas narrativas cruzadas, de uma fascinante viagem plena de poesia pelo universo da fantasia e dos sentimentos, uma doce e ao mesmo tempo amarga fábula alegórica, de leitura recomendada exclusivamente para «crianças adultas», como determina o próprio autor, que de uma forma plena de lirismo acaba por abordar temas tão importantes e incómodos como a intolerância ou o preconceito.
Estamos perante uma das obras mais comoventes e líricas do romancista Jorge Amado, que a escreveu em 1948, numa altura em que residia em Paris, como prenda de primeiro aniversário para o seu filho João Jorge. O autor, de resto, nunca pensou publicar esta bela fábula, redescoberta e publicada apenas em 1976, quando o mesmo filho, depois de remexer no seu baú de memórias, a entregou ao pintor baiano Carybé, que não hesitou em colorir a fantástica prosa com as suas inesquecíveis aquarelas, que passaram a fazer parte indissociável da obra a partir de então.



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