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Vitórias e derrotas na guerra contra as doenças
(RELATÓRIO MUNDIAL DE SAÚDE; NAÇÕES UNIDAS; LIVRO PRÓXIMA PESTE)

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A imunização é a maior vitória da saúde pública em todos os tempos", declarou o Relatório sobre a Saúde no Mundo. Milhões de vidas já foram salvas graças às campanhas de vacinação em massa em todo o mundo. Um programa global de imunização eliminou a varíola — doença mortífera que fez mais vítimas do que todas as guerras do século 20 juntas — e uma campanha similar quase erradicou a poliomielite. Hoje muitas crianças são vacinadas para se proteger contra doenças comuns, potencialmente fatais.Outras doenças foram controladas sem se chamar tanto a atenção do mundo. Doenças transmitidas pela água, como a cólera, raramente causam problemas onde há saneamento adequado e fornecimento de água potável. Em muitos países, o acesso facilitado a médicos e hospitais faz com que a maioria das doenças possam ser identificadas e tratadas antes de se tornar letais. Outros fatores que têm contribuído para promover a saúde pública são os hábitos de alimentação e as condições de moradia melhores, aliados ao cumprimento das normas sobre o modo correto de manusear e estocar os alimentos.Depois que os cientistas descobriram as causas das doenças infecciosas, as autoridades sanitárias puderam tomar medidas práticas para conter o alastramento de uma epidemia. Veja um exemplo. Em 1907, um surto de peste bubônica em San Francisco, nos Estados Unidos, matou poucas pessoas porque a cidade imediatamente lançou uma campanha para exterminar os ratos hospedeiros das pulgas que transmitiam a doença. Isso não ocorreu anos antes na Índia, onde um surto da mesma doença começou em 1896 e resultou na morte de 10 milhões de pessoas num período de 12 anos, porque o agente transmissor ainda não havia sido identificado. Porém, o comportamento humano irresponsável também tem colaborado para a disseminação de doenças. Não há melhor exemplo dessa cruel realidade do que o do vírus da Aids, que é transmitido de uma pessoa para outra por meio dos fluidos do corpo. Em poucos anos, a pandemia se espalhou pelo mundo. "Os próprios seres humanos são os responsáveis", assevera o epidemiologista Joe McCormick. "E dizer isso não é ser moralista, é ser realista."Como o homem sem querer cooperara com o vírus da Aids? O livro A Próxima Peste alista os seguintes fatores: mudanças sociais — especialmente o costume de manter múltiplos parceiros sexuais — resultaram numa onda de doenças sexualmente transmissíveis, tornando muito mais fácil o vírus se estabelecer e um portador infectar muitas outras pessoas. O uso em larga escala de seringas contaminadas, que são reutilizadas para injeção de remédios em países em desenvolvimento ou por usuários de drogas, teve um efeito similar. A indústria global do sangue, que movimenta 1 bilhão de dólares, também permitiu que o vírus da Aids passasse de um doador para dezenas de receptores. A Aids vem se destacando como nova ameaça global. 20 anos depois de sua descoberta, mais de 60 milhões de pessoas já foram infectadas. E as autoridades sanitárias alertam que a pandemia da Aids ainda está em sua "fase inicial". O número de pessoas infectadas está "aumentando mais rápido do que se julgava possível anteriormente", e são devastadores os efeitos nas regiões do mundo mais severamente atingidas.A vasta maioria das pessoas com HIV/Aids no mundo está no período mais produtivo da vida", explica um relatório das Nações Unidas. Em resultado disso, acredita-se que diversos países do sul da África perderam entre 15% e 25% da força de trabalho até 2006. O relatório acrescenta: "A expectativa média de vida na África subsaariana é agora de 47 anos. Sem a Aids, já teria chegado a 62 anos."Os esforços para descobrir uma vacina têm sido inúteis até o momento, e apenas 4% dos 6 milhões de doentes de Aids no mundo em desenvolvimento têm acesso à terapia com medicamentos. Ainda não existe cura para a Aids, e os médicos temem que a maioria dos portadores do vírus acabem finalmente desenvolvendo a doença.Agora, no começo do século 21, podemos ver claramente que a ameaça das doenças não desapareceu. O avanço implacável da Aids, o surgimento de patógenos resistentes a medicamentos e a volta de antigos assassinos como a tuberculose a malária como a dengue, mostram que a guerra contra as doenças ainda não foi vencida.



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