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Kant: problema geral
(Elnora Gondim)

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  O problema geral kantiano é aquele que pergunta sobre a possibilidade do a priori. A grande preocupação de Kant sempre foi com a razão. Nos textos pré-críticos esta preocupação já era vista.
       Nos Sonhos de um visionário explicados pela metafísica, datado de 1766, Kant já parece ter uma diretriz para alcançar a solução da possibilidade da razão quando ele afirma, neste livro, a impossibilidade de se explicar a relação entre alma e corpo.
     Nos Sonhos ele compra o sistema leibniz-wolffiano com os resultados alcançados por Swedenborg. Este acreditava que via e falava com espírito. Ele dizia que os espíritos moviam objetos e que lhes transmitiam mensagens sobre catástrofes e pessoas.
         Nos Sonhos, Kant qualifica as conclusões swedenborguianas de “loucuras dos sentidos” e relaciona com as conclusões de Leibniz e Wolff, chamando-as de “loucuras da razão”. Nestes termos, Kant critica todos os neo-cartesianos e afirma, veementemente, que nunca vamos poder solucionar os problemas da relação entre alma e corpo.
      A alma, para Kant, é substância imaterial que tem características próprias e diferentes do corpo, que é substância material. Com isto, então, em seu escrito de 1766, Kant já começava a fazer uma distinção entre mundo inteligível e mundo sensível.
      Na dissertação de 1770, Kant faz a diferença entre mundo fenomênico e mundo noumênico, com uma concepção propriamente sua de espaço e tempo.
      Logo, o problema kantiano, desde 1766 até as suas últimas obras, foi sempre com a razão. Neste sentido, no problema kantiano, há uma unidade interna que origina vários outros problemas articulados entre si, dentre eles o problema teórico e o prático. [1]
5.1.1. Problema teórico
     O problema teórico kantiano pode ser dividido em duas questões:
1ª. A metafísica é possível como ciência?
2ª. Como são possíveis a física e a matemática como ciência?
      Em outras palavras, Kant objetivava perguntar como o conhecimento a priori é possível na matemática e na física e não na metafísica. A preocupação kantiana com a possibilidade do a priori é indicada até mesmo pela forma como Kant elabora as perguntas: para a matemática e a física, Kant fornece um tratamento diferente daquele da metafísica; para esta é perguntado sobre a sua possibilidade e para àquelas é afirmado serem elas conhecimento científico, portanto o que ele indaga é sobre o modo de efetuar tal conhecimento.
       É conveniente lembrar que, para a filosofia kantiana, ciência é conhecimento universal e verdadeiro. Ele não poderia ser a posteriori, pois é baseado na experiência e esta não garante a universalidade nem a necessidade de nenhum conhecimento. Então, o conhecimento científico só pode ser a priori.
       Por que o conhecimento a priori é possível na matemática e na física e não na metafísica? Saber a resposta sobre a questão é se fazer a pergunta sobre a possibilidade de juízos sintéticos a priori, ou seja, juízos que têm uma necessidade diferente daquela da lógica-formal e não se baseiam no princípio de não-contradição. Nisto ocorre a constatação de Kant que há juízos universais e necessários, mas que também são juízos de ampliação. Kant afirma: “... a experiência nos ensina que uma coisa é isto ou aquilo, mas não que tal coisa pode ser de outro modo...” [2]



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