(AVISO PRÉVIO)
É nossa obrigação respeitar e tratar, condignamente, em proporção ao mérito e merecimento, alusivo aos nossos empregados (as), principalmente, os domésticos que, em nossa residência, trabalham nos afazeres da nossa moradia, praticamente, coabitando conosco nos seus horários de labor.
Um empregado não é um nosso escravo! E, sim, um colaborador, remunerado pelo seu serviço a nós prestado.
O mau, preguiçoso e defeituoso servidor, em razão da sua coabitação conosco, no nosso dia-a-dia, tem que ser de pronto, demitido! Com justa causa, pois, além de não prestar um serviço condizente com o salário recebido, mês a mês, também, nos dá o mau exemplo comportamental, o difundindo para os mais jovens ao seu redor que, quando forem para o mercado de trabalho, poderão imitar os ensinamentos errôneos, por Eles copiados dos maus empregados residenciais não punidos por Nós, todavia, a punição não deverá passar da demissão sumária, sem qualquer exagero de repressão ou reprimenda.
Fácil! Dispensamos os maus empregados e, Deles, ficamos livres!
Errado! Eles saem do nosso meio de convivência, porém, nos afundamos nos meandros do atoleiro de Leis trabalhistas inconseqüentes, que nos obriga ao execrável pagamento do “Aviso Prévio” com a conseqüente advertência antecipada da demissão cogitada, mas, “adoçando a pílula” de que, o Mau empregado deve trabalhar, em nossa casa, pelo período de trinta dias cumprindo o aviso referenciado.
Leis como essa e a do “Seguro Desemprego”, estão prestando serviços remunerados, tão somente, aos péssimos trabalhadores que, usando tais recursos regulamentares, tem se locupletado das migalhas recebidas, em somatória com outros avisos prévios e seguros desemprego, praticamente, saindo de um local de trabalho para outro! Tendo, por ano, trabalhado apenas por dois a três meses, completando o restante anual com o recebimento de seguros e avisos, lhes dado pela Lei referente.
Se acharem que estou arredio com a Lei em foco, em seus tópicos de Aviso Prévio, se coloquem na posição de Pagador e deixem os seus empregados (as) trabalhando em sua residência, durante o aviso referido, certamente, o serviço será mal feito, ao máximo, com Ele ou, Ela, até escarrando no feijão cozido, cromo já ouvi, em casos análogos, tais informações de péssimos empregados domésticos.
Se quiserem ajudar aos empregados que cheguem a tais situações, perdendo o emprego que, o Governo pague os avisos prévios e os Seguros Desempregos, pois, assim, Nós só estaremos cooperando com os nossos impostos, portanto, nos onerando, apenas, numa pequena porcentagem e, não, Tudo como vem ocorrendo por culpa, exclusiva, de tais Leis, orquestradas pelos Legisladores, porém, sem ter sido passadas por um crivo analítico e, participativo, da opinião pública.
Caso parecido é a dos Aposentados por Incapacidade física do INSS que, continuam a trabalharem, inclusive, dirigindo veículos automotores, recebendo outros salários de outras fontes e, executando um serviço que exige capacidade física e mental!
Resumindo, quando demito um empregado (a) por não prestar um bom serviço, pago o aviso prévio sem aceitar o seu trabalho, com isso e, por isso, sei, sobejamente, estar cooperando com a malandragem e o embuste, porém, estou protegendo a mim e, a minha família, dos malefícios que receberiam com a manutenção do mau empregado durante o malfadado “Aviso Prévio!”
A seguir, uma poesia minha (inédita):
Honra! Quem és tu... Miserável!
Vegetas somente no impalpável,
Premias apenas ao interesseiro.
Aos honrados sonegas valores,
Fazendo dotes aos exploradores:
Sempre, sempre... Alvissareiros!
A honra virou mera dobradiça
Nos portais da raça mestiça,
Sustentáculo de hipocrisia!
Faz vênia ao favorecimento,
Desconhece o merecimento
E, da injúria... Faz freguesia!
MAS...
O Azimute da decadência senil
No horizonte do físico viril
Faz a verdade coar... Fluente!
Na balança fiel do julgamento
Ao explorador caberá o tormento
De ser capacho... Eternamente!
Os prazeres terrenos,
Acalanto de infelizes,
São cantos de meretrizes
Que te fazem... Acenos!
A ambição habilmente escondida
Esfarrapou o salário já minguado:
A doméstica foi logo despedida.
E o seu sustento, na pia... Desaguado!
Sebastião Antônio Baracho.
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