Pai Nosso
(Leonardo Boff)
Vivemos em um mundo confuso, no qual a rapidez cada vez maior nos fluxos de informação capital e transporte, nos deixam cada vez mais atordoados.
Este mudo , em que a tecnologia está cada dia mais presente no cotidiano das pessoas, mundo este em que basta apenas um simples toque no teclado de um computador para que o mundo surja a nossa frente, onde o virtual e o real estão sempre juntos, faz com que as pessoas percam um pouco a referência da sua condição de criatura humana. Assim, nos deparamos com pessoas egoístas, mesquinhas, altamente competitivas, que na verdade não passam de simples joguete dessa sociedade capitalista e violenta, que somente enxerga números à sua frente.
Portanto, o homem vem perdendo importância frente ao capital, deixando de ser o ator principal, e fazendo uma pequena participação nesse grande teatro que é a vida.
Como fuga desse mundo em que impera as desigualdades sociais , o ser humano busca nas mais diversas religiões , um conforto e um amparo, que na maior parte vai escravisá-las e aliená-las ainda mais .
De forma inteligente e bem objetiva, o autor nos fala dessas crises existenciais do ser humano , ao qual o grau de alienação chega a ponto de as pessoas rezarem e não saber o sentido de tal oração, como é o caso do Pai Nosso, que ele de forma brilhante traduz em sua obra.
Ao contrário das religiões, que coloca Deus como santo, ou seja, onipotente, inatingível; o autor nos apresenta uma otra forma para evocar Deus, que seria Abba, que que rdizer: pai, ou seja algo presente , axessível .
Talvez se olharmos o divino por uma outra ótica, poderemos nos libertar das amarras ilusórias deste mundo consumista , ao qual não passamos de números , de dados estatísticos e assim, nos dispertar para uma nova vida.
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