A abóboda
(Alexandre Herculano)
O conto foi inspirado em Afonso Domingues, mestre arquiteto, português. A abóboda do mosteiro da Batalha é o centro deste conto. Esse mestre se desdobrou para que D.João I fosse ao trono, e o coloca no trono, e assim logo após o rei pede ao dedicado mestre, amigo e arquiteto para construir um mosteiro e logo ele coloca o projeto no papel, e no projeto ele fez uma abóboda incrível.
Mas o que não esperavam é que o mestre fica cego, no ano de 1401, e o rei D.João I, direcionado pelo seus conselheiros, resolveu chamar um arquiteto irlandês, o Mestre Ouguet, para concluir o projeto do Mosteiro.
E, assim o Mestre irlandês altera todo o projeto, mas logo depois da obra terminada, a abóboda desata sobre ele, e tem um ataque de raiva.
D.João I, chama Afonso, restitui-lhe o emprego e este o aceita após muitas desculpas da parte do rei. Ele aceita e reconstrói a abóboda do jeito que havia projetado. Mas, com medo de que caísse fica três dias embaixo da abóboda em jejum, e por conta disso morre, mas somente depois que conclui que a abóboda não iria cair. Oughet, que desdenhara do mestre, por ser cego e velho, começa a se sentir tão pequeno diante da situação, que passa a admirar o projetista e mestre arquiteto que era Afonso.
O que o narrador deixa transparecer neste conto é que nós deixamos de acreditar em nosso país ou mesmo nas pessoas que nos são próximas, para acreditar que no outro país são melhores e com mais
potência do que país em que nascemos.
O nacionalismo de Herculano é bem representado pelo conto. O português honrado é que é o guerreiro, e o estrangeiro arrogante (bretão) estava errado e arrepende-se humildemente no final.
Mostra também que o caráter é o maior aliado para que seja bem sucedida o engenho de uma obra.
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