Maternal secure-base scripts and children´s attachment
(Manuela Verissimo; Fernanda Salvaterra)
A questão central para Bowlby e Ainsworth na teoria da vinculação é o pressuposto de que uma base segura é fundamental para a segurança de uma pessoa em condições de stress. O fenómeno base segura é evidente ao longo da vida pois na vida adulta reflecte-se na relação com os parceiros dependendo das condições e necessidades de cada um.
Assim a base segura num relacionamento pode ser vista como um acessório da Teoria da vinculação.
Bowlby acredita que os modelos internos podem ser vistos na mudança relacionamento e na vinculação nos primeiros anos de vida. Estas mudanças podem surgir como consequências de mudanças sociais, emocionais e físicas ou da forma como a criança adquiriu mais sofisticadas competências sociais. Além disso, as capacidades cognitivas e linguísticas da criança vão aumentando, assimilando novas informações sobre a vinculação.
O principal objectivo do artigo estudado é o de testar a expectativa de que a qualidade da relação maternal assente numa base segura é indicador da vinculação em crianças em idade pré-escolar.
H. Waters e Rodrigues-Doolabh (2001) argumentou que o roteiro de conhecimentos relativos a ter e/ou ser uma base segura para outro implicaria vários elementos elaboradas aproximadamente na seguinte sequência: algum envolvimento construtivo entre membros de uma díade; um sinal necessidade de ajuda transmitida por um dos parceiros é detectada pelo outro; é oferecida uma ajuda eficaz, e essa assistência é vivida pelo receptor como uma experiência confortante.
Embora a maior parte dos autores concorde com o pressuposto de Bowlby, aspectos do seu gerais do seu modelo e, em especial, os seu pressupostos sobre as consequências das relações de base segura, têm sido criticadas como sendo demasiado “ocidentais” (Harwood & Miller, 1991; Harwood, Miller, & Irizarry, 1995; Rothbaum, Pott, Azuma, Miyake, & Weisz, 2000). As culturas latinas e algumas orientais as preferências parentais relativas ao comportamento das crianças, conduz a diferentes interacções e diferentes padrões de vinculação e podemos encontrar diferentes padrões de correlação na pontuação materna e infantil nos diferentes grupos.
Tendo duas amostras de diferentes culturas Latina (ou seja, a Colômbia, Portugal) permite considerar a possibilidade de que cultura influencia a forma e a função do modelo de base segura bem como a representação da mesma.
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