Auto da Barca do Inferno
(Gil Vicente)
No livro auto da barca do inferno, várias personagens vão ser julgadas, e terão direito à salvação ou à pena, de acordo com a sua vida terrena!
Tudo começa num cais, em que vão entrando vários personagens e à medida que estas entram, são julgadas.
O primeiro é o fidalgo, acompanhado de um pagem, que é condenado, pela sua tirania.
Entretanto, o onzeneiro entra e também é condenado, pois roubou muito dinheiro e era avarento.
Quando o parvo chega ao cais, ele, por não poder ser responsabilizado pelos seus acto, pois é um pobre em espírito, foi-lhe dito para esperar no cais, para embarcar no batel divinal.
O sapateiro, que roubou muito em vida, embora praticasse a religião, tinha pecado e por isso também foi condenado.
O frade, representante do clero, foi condenado pelos seus imensos pecados, não chagando se quer a dirigir a palavra ao anjo.
A alcoviteira foi condenada pela pratica da prostituição, que é um dos piores pecados que há.
O Judeu, pecador e professor de outra religião, foi condenado, mas por não ser católico, teve de ir preso à barca infernal.
O corregador e o procurador, eram constantemente subornados, o que demonstrava um problema com a justiça. Foram também condenados.
O enforcado, que foi enganado e se matou a pensar que tinha a salvação garantida, foi condenado, por os seus actos e pecados.
Os quatro Cavaleiros, que morreram em defesa de Cristo, foram salvos, embarcando no batel divinal, juntamente com o parvo.
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