Across the Universe
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Mais do que qualquer coisa, "Across the Universe" é um depoimento ao poder de John Lennon e de Paul McCartney de escrever músicas. O filme é um musical em tempo integral, estruturado no estilo clássico garoto-conhece-garota, com todas as letras vindas das músicas dos Beatles. O que é extraordinário é que as palavras para essas músicas pop de 40 anos se encaixam perfeitamente, sem qualquer alteração. As melodias, tão bonitas na sua falta de complexidade, se tornam ainda mais potentes quando são colocadas no contexto de uma história de amor. "All you need is love" sempre se pareceu com um belo sentimento. Agora ele se tornou uma verdade inegável. Apesar de apimentado com alusões óbvias aos Beatles, o filme não é um tributo frívolo ao "Fab Four". Ele se sustenta como uma visão artística única do amor jovem nos turbulentos anos 60, com músicas de uma era que se encaixam na história e que também foram escritas por Lennon e McCartney (e, às vezes, por Harrison e Starr, também). Ele também se beneficia da visão e imaginação da diretora Julie Taymor, que criou um produto memorável e atraente, sem falar de quem forneceu a trilha sonora. Como os próprios Beatles, o filme começa nos pubs de Liverpool e termina com uma performance em um telhado. Em outro sublime paralelo, as músicas e situações começam simples e crescem, se tornando psicodélicas e metafóricas à medida que o filme avança, com algumas partes que são completamente incompreensíveis.
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