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História do Cerco de Lisboa
(José Saramago)

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José Saramago, através de um refinado paralelismo literário, no romance ''História do Cerco de Lisboa'', entrelaça a rotina de um pacato revisor de livros, o lisboeta de 50 anos Raimundo Benvindo Silva, com a história do cerco e tomada de Lisboa dos mouros (muçulmanos), realizados em 1147 por D. Afonso Henriques e os integrantes da segunda cruzada que por ali passavam para chegar em Jerusalém.
A justificativa para esse método narrativo se encontra no fato de que Raimundo Silva, o protagonista do romance, ao revisar o livro ''História do Cerco de Lisboa'' propositadamente adultera o conteúdo, afirmando (falsamente) que os cruzados NÃO haviam auxiliado os portugueses na tarefa do cerco de Lisboa. A fraude é descoberta pela editora onde Raimundo Silva trabalha e logo é corrigida e Raimundo e perdoado. No caso, porém, sua nova revisora-chefe, doutora Maria Sara, por quem Raimundo logo se apaixona, sugere a ele escrever um relato ficcional onde os cruzados realmente não ajudaram os portugueses.
Assim, Raimundo Silva inicia seu relato, apoiado pela doutora Maria Sara. Segundo a falsa versão do revisor, alguns cruzados não ficaram em Portugal e continuaram sua cruzada em direção à Jerusalém; alguns, porém, permaneceram e ajudaram os portugueses na batalha. Ao longo da narrativa, influenciado por sua paixão pela doutora Maria Sara, Raimundo Silva insere em seua história o envolvimento entre o soldado português Mogueime e a cortesã normanda Ouroana, que acabam se aproximando nos momentos derradeiros da tomada de Lisboa.
Ao longo da narrativa Maria Sara revela a Raimundo que seus sentimentos são recíprocos. Raimundo termina sua História do Cerco de Lisboa sem modificar o final histórico: após tentativas frustradas de invasão direta e com torres móveis, D. Afonso Henriques vence os mouros pela fome ocasionada pela falta de suprimentos. O futuro do de Raimundo e Maria Sara permanece desconhecido (assim como o futuro do casal formado pelo soldado Mogueime e Ouroana). Dessa forma percebe-se que Saramago cria inumeráveis histórias do cerco de Lisboa: a que ele próprio escreveu, a história adulterada por Raimundo Silva, a história ''verídica'' da editora e até mesmo aquela que o leitor segura em suas mãos.



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