Função da Indústria Cultural de Massa
(Teixeira Coelho)
A Cultura de Massa tem contra si a acusação de alienar, de induzir seus “clientes” a um estado de indiferença em relação à realidade frequentemente intolerável da qual eles fazem parte. É através de seus produtos que os “clientes” podem divertir-se e escapar de seus mundos reais. Diz-se também que essa fuga seria prejudicial, já que poderia tolher a capacidade de pensar criticamente. Mas é preciso ponderar sobre isto, pois muitas nuances devem ser observadas. Outras acusações são de que essa indústria apresenta produtos simplificados ao máximo, à serviço exclusivo do mercado. Que ela apodrece o gosto popular através da repetição e que dirige o comportamento do consumidor negativamente. Entretanto, outros defendem que ela pode trazer benefícios, como a difusão da língua de um povo ou alterações positivas no comportamento das pessoas através dos seus produtos. Alguns defendem que ela pode ser capaz de unificar as pessoas a ponto até de diminuir diferenças econômico-sociais. Há quem diga que ela não está tomando o lugar da arte culta, apenas ocupa um posição que complementa o que já existe. Teixeira Coelho ainda nos adverte sobre a nomenclatura. Seria Cultura de Massa ou Cultura Industrial. Segundo ele, o termo de massa já foi usado por muitos autores, dos quais nenhum trouxe uma definição precisa do que ele massa nos quer dizer. Essa massa seria o quê: do que é feita a cultura? O povo? Não seria certo Cultura para a massa ou sobre a massa? Ele prefere, neste livro, utilizar o termo Cultura Industrial.
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