A arte de bem comer e da volúpia
(Dominique Loreau)
As sociedades contemporâneas propõem uma pletora de bens que supostamente contribuem para a felicidade da vida humana: prazeres intelectuais e artísticos, lazeres, estabelecimentos a regurgitar de viveres ... Porém, as estatísticas comprovam constantemente um aumento do número de pessoas atingidas por depressão nervosa, stress, mal de vivre, obesidade.
Como chegámos a este ponto em cerca de meio século? A resposta é simples: com um frenesi constante de consumir cada vez mais. Antes da sociedade de consumo, as pessoas alimentavam-se dos produtos do seu jardim, da sua capoeira, dos campos, da pesca ou da caça. Consideram-se felizes quando usufruíam de um tecto, de uma boa lareira e de um dia de descanso por semana.
Hoje em dia, porém a sociedade fez de nós homens doentes, reduzindo-nos a meras máquinas de consumir, a esófagos de encher, sempre cada vez mais. As vitaminas, os produtos dietéticos, os comprimidos para dormir, as curas de emagrecimento e as outras consequências de uma higiene de vida deficiente, são parte integrante dessa máquina insaciável. Esquecemos que essa dependência nos transforma em objectos de especulação e de lucro, em seres aos quais se impõe, como a uma criança, o que haveria de melhor.
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