Em CASA DE FERREIRO, ESPETO DE PAU -fábulas e contos
(ESOPO)
Esopo foi desafiado a explicar essa contradição. Pediu um dia ao seu Rei e este lhe concedeu essa folga. No dia seguinte, levou ao jantar do Rei um Ferreiro trazendo espetos de ferro para que o Rei os usasse para servir aos convidados. Ao fim do Banquete Esopo perguntou ao Ferreiro se havia gostado e se havia sido bem servido. O Ferreiro disse que sim e agradeceu. O Rei lhe perguntou se na casa dele os espetos eram daqueles que ele havia trazido. Ele informou: "Não! Eu uso os de madeira." Argumenta o Rei: "Mas você trouxe ótimos espetos de ferro! E não os usa?" Volta o súdito: "Majestade! Se eu trouxe os espetos de ferro é porque aqui eu não tive que comprar a carne! Ou gasto com os espetos ou com a carne!" E o Rei entendeu que o Povo sabe muito bem onde aperta o orçamento! Dizem que esta frase final da narrativa é a moral da história. REVISÃO - Exatamente isso continua acontecendo com todos nossos artífices, ferreiros ou não. E os nossos reizinhos delirantes e alucinados não tiram a conclusão evidente! Ou melhor: tiram, sim! Tiram, mesmo! Tiram tudo! Tiram os espetos, os banquetes, a carne, os dinheiros para comprar a carne, a matéria prima para os espetos, e tiram por todos nós as conclusões que quiserem que tenhamos para as fábulas e para tudo na senzala geral em que transformaram nosso mundo. Em casa de brasileiros, habitantes do país mais rico do mundo, não temos nem espetos, nem comidas de carnes que se exportam, nem as riquezas que tanto dizem que são do Brasil... e em breve nem haverá de onde tirar espetos de pau.
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