Camilo Castelo Branco
(Miguel prado)
Nasceu em Lisboa a 16.03.1825 e morreu a 1.6.1890 em São Miguel de Caide, Vila Nova de Famalicão.
Filho Natural, seu pai era de Vila Real e a sua mãe de Sesimbra. Ficou órfão de mãe aos 2 anos e de pai aos 10, indo então viver com uma tia em Vila Real. Aos 14 anos fica a cargo de uma irmã, em Vilarinho de Samardã, onde um cunhado desta, o padre António de Azevedo, lhe ensina doutrina cristã e letras, nomeadamente, latim, francês e literatura portuguesa.
Apaixona-se por uma aldeã e aos 16 anos casa com outra, a quem depressa abandona preso por sucessivos amores.
Desde 1842 estuda Medicina no Porto, mas perdeu o 2º ano por faltas. Em Coimbra, em 1845 e 1846 vai cursar os preparativos para se formar em Direito, mas não chega a matricular-se na universidade.
Em 1846, regressa a Vila Real e em 1848, fixa-se no Porto para se entregar ao jornalismo.
Num momento de exaltação matricula-se no Seminário do Porto em 1850, chegando em 1852 a requerer que lhe fossem conferidas ordens menores.
Entretanto em 1850, conheceu Ana Plácido, que por sua causa deixou o lar conjugal em 1859. Presos por crime de adultério em 1861 e absolvidos meses depois, vão viver para Lisboa e depois da morte do marido de Ana Plácido em 1863, para São Miguel de Ceida.
Desde então, Camilo fez da pena o sustento da família. O tédio da vida angustiada numa paisagem monótona e triste, a instabilidade psíquica, as dificuldades financeiras, a debilidade mental dos filhos e a ameaça da cegueira incurável explicam o desespero que dele se apoderou e o levou ao suicídio.
Em 1885 tinha sido agraciado com o titulo de visconde de Correia Botelha e em 1888, casa-se com Ana Plácido com quem vivia maritalmente desde 1859 e que lhe deu dois filhos, Jorge, que nasceu alienado, e Nuno Plácido, que veio a ser barão e 1º visconde de São Miguel de Ceida.
Escritor prodigioso, foi jornalista, poeta, romancista, dramaturgo, biógrafo, bibliógrafo, polemista, crítico, cronista e investigador histórico.
Fez traduções, reviu e anotou trabalhos alheios, escreveu sermões por encomenda e chegou a ser orador político.
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