Objeto Transicional (Psicanálise)
()
Expressão introduzida por D.W.Winnicott para designar um objeto material que possui um valor eletivo principalmente para o lactente e para a criança pequena, particularmente no momento do adormecer e que a supre de segurança física e psicológica pelo tato, olfato ou pela utilização da boca, reproduzindo a segurança obtida na fase oral no ato de mamar, como por exemplo a chupeta, a ponta do cobertor ou do lençol, um ursinho, o dedo e etc. A busca de objetos deste tipo é um fenômeno normal que permite à criança suprir-se de segurança psicológica, permitindo a transição entre a primeira relação oral com a mãe que supria proteção e segurança no seio e na alimentação para a verdadeira relação de objeto no desenvolvimento da sua personalidade. Pode reaparecer mais tarde na adolescência ou na fase adulta, particularmente ao aproximar-se de um período de insegurança ou depressão (tatuagem, brinco, bonés, etc). É comum observar o adolescente o uso de objetos transicionais como brincos, cabelos longos (homens), tatuagens ou blusa curta mostrando a barriga (mulheres), que podem ser supridores de reconhecimentoe desta forma suprem também o indivíduo com segurança psicológica. Quando o adulto não abandona estes hábitos ou retorna a eles, fica caracterizada a introjeção do objeto transicional e a fixação ou regressão à infância, com a negação das escolhas de objeto de personalidade adulta, devendo ser tratada como uma patologia ligada às necessidades de provisão de segurança e reconhecimento. Podemos também considerar os vícios do álcool ou de tóxicos como objetos transicionais em fases depressivas.
Resumos Relacionados
- Fase Oral - Pré-genital (psicanálise)
- Objeto (psicanálise)
- Dinâmica Conflitiva - Investimento Narcísico Em Objetos (psicanálise)
- Escolha Consciente De Objeto: Escolha Narcísica
- Relação De Objeto (psicanálise)
|
|