Viagem ao Paraguay - Parte 10 , ultima.
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Achei algumas coisas dela. Peguei o que pude. Peguei a mochila sobre o banco. Sai do ônibus, haviam policiais já no local. Corri do outro lado da pista e escondi as coisas no mato. Medo. O rapaz que eu havia visto voar dentro do ônibus estava sendo socorrido pelos bombeiros, ele parecia mal, tinha um bambu atravessado na garganta e sangrava muito.Voltei para a tia que já tinha um colar no pescoço e ataduras de transporte nos braços. Ela pediu as coisas dela, ela queria que eu ficasse ali para pegar as caixas dela! O que? Como eu poderia? Missão impossível! Eu disse a ela, tia sinto muito, vai perder, mas você está viva tia.. Eu voltei no ônibus, por fora e peguei as malas de roda. Vi um cara segurando um pacote que parecia ser meu. Falei: “Ei, isso é meu, ele me deu correndo”. Pus dentro da mala grande. Saí dali sem saber onde eu ia. Eu estava zonza. Respirava e doía muito. Os guardas olhavam, olhavam, começavam a se aproximar, os caras do ônibus continuavam aquela “catança” de caixas. Eu fui à ambulância e pedi que me levassem para onde levaram a tia. O Bombeiro dizia.... “Sim eu quero ir!, mas eu quero que você convença os seus colegas, tem muita gente machucada precisando aceitar o socorro e irem na ambulância! Eles não querem ir!” Eu voltei chamava um, chamava outro, uma menina negra estava com o ombro estourado, caído e sangrava. Mas ela dizia que não iria sair dali e deixar as coisas dela. Eu peguei minhas coisas do mato e queria sair dali. O bombeiro motorista caiu em si a respeito de seu apelo inútil as pessoas e me pegou com mais o guia e o sócio e levaram-nos ao pronto socorro da cidade de Assis.
Ao chegar ao hospital vi que minha roupa estava toda ensangüentada. Olhei minha mão, meu dedinho estava um caos. Talvez quebrado. Um policial pegava os nomes na recepção de quem entrava. Eu passei por detrás dele e com minha mala me escondi no banheiro.
Eu não achava nada meu nas minhas coisas, não achava meu telefone, talvez tivesse caído, perdido, minha cabeça estava zonza. Esperei até que ele saísse dali. Saí de novo do hospital e fui procurar um hotel. Nos dois primeiros os dois atendentes me viram e disseram que estava lotado, achei um quarto no terceiro onde tomei um banho e voltei ao hospital sem sangue nas roupas. Fui procurar e ficar com a tia sem que ninguém soubesse que eu estava no acidente. Liguei para os parentes dela do celular que ela tinha. Passaram-se 6 horas até que ela foi atendida. E fiquei por ali como visita, ajudando um e outro. As 9 da manha tirei ela do hospital e levei-a comigo para o Hotel. Comprei-lhe remédios, deixe-lhe banho e coloquei-a para dormir.
Desmaiei na cama ao lado, eu estava zonza e todas as imagens do acidente não me saíam da cabeça; e sentia muita dor no peito e no dedo da mão que parecia que ia explodir de tão inchado. Eu só queria dormir e... esquecer.
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