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Fase Sádico-Anal ou Anal (Psicanálise).
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Para Freud, a segunda fase da evolução libidinal, que pode ser situada aproximadamente entre os dois e os quatro anos, é caracterizada por uma organização da libido sob o primado da zona erógena anal; a relação de objeto está impregnada de significações, ligadas à função de defecar (expulsão-retenção) e ao valor simbólico das fezes. Vemos aqui firmar-se o sadomasoquismo, em paralelo ao desenvolvimento do domínio da musculatura anal.
Freud começou a assinalar traços de um erotismo anal no adulto e descrever o seu funcionamento na criança, no ato de defecar e de reter as matérias fecais. A partir do erotismo anal irá surgir a idéia de uma organização pré-genital da libido. No artigo "Caráter e erotismo anal - 1908", Freud já menciona traços do caráter que permaneem no adulto (a tríade: ordem, parcimônia (mesquinhez), teimosia) com o erotismo anal da criança.

Em "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", a fase anal aparece como uma das organizações pré-genitais, situada entre as organizações oral e fálica. É a primeira fase em que se constitui uma polaridade atividade-passividade. Freud faz coincidir a atividade com o sadismo e a passividade com o erotismo anal, e atribui a cada uma das pulsões parciais correspondentes uma fonte distinta: musculatura e mucosa anal (erotismo). Em 1924, K.Abraham propôs a diferenciação de dois estágios dentro da fase sádico-anal, distinguindo em cada um dos componentes dois tipos de comportamento opostos quanto ao objeto. No primeiro estágio, o erotismo anal está ligado ao ato de evacuar e à pulsão sádica de destruição do objeto; no segundo estágio, o erotismo anal está ligado à retenção e à pulsão sádica ligada ao controle possessivo. Para abraham, o acesso de um estágio a outro constitui um progresso decisivo em direção ao amor de objeto, como indicaria o fato de a linha de clivagem entre regressões neuróticas e psicóticas passar entre esses dois estágios (desejo de destruir o objeto e exercer o poder da posse).

Como conceber a ligação entre o sadismo e o erotismo anal? O sadismo bipolar por natureza - visto que visa, contraditoriamente, destruir o objeto e mantê-lo, dominando-o - encontraria a sua correspondência privilegiada no funcionamento bifásico do esfincter anal (evacuar/reter) e no controle deste. Na fase anal, ligam-se à atividade de defecar, valores simbólicos de dádiva e de recusa. Freud pôs em evidência, nesta perspectiva, a equivalência simbólica entre fezes, dádiva e dinheiro. 



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