Fase Fálica (Psicanálise)
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A fase fálica é a fase de organização infantil da libido, que vem depois das fases oral e anal e se caracteriza por uma unificação das pulsões parciais, sob a influência dos órgãos genitais. A criança, do sexo masculino ou feminino, só conhece, nesta fase, um único órgão genital, o órgão masculino, e a oposição dos sexos é equivalente à oposição fálico-castrado. A fase fálica corresponde ao momento culminante da fase pré-genital e ao declínio do complexo de Édipo; o complexo de castração é aqui predominante.
A noção de fase fálica é tardia em Freud, pois só em 1923 aparece explicitamente em "A organização genital infantil." É preparada pela evolução das idéias de Freud a respeito dos modos sucessivos de organização da libido e pelos seus pontos de vista sobre a influência do falo. Quando Freud introduz a noção de fase fálica, reconhece a existência, desde a infância, de uma verdadeira organização da sexualidade muito próxima daquela do adulto, que já merece o nome de genital, onde se encontra um objeto sexual e uma certa convergência das tendências sexuais sobre este objeto, mas que se diferencia num ponto essencial da organização definitiva por ocasião da maturidade sexual; com efeito ela conhece apenas uma única espécie de órgão genital, o órgão masculino" e a convergência das tendências sexuais sobre este objeto. Freud afirma que na fase fálica só se conhece uma única espécie de órgão genital, o órgão masculino em ambos os sexos. Este conceito é muito controvertido, sendo considerado na psicanálise moderna uma inferência.
Esta idéia de um primado do falo já está prefigurada em textos muito anteriores a 1923. Desde "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade" em 1909, encontramos duas teses:
a) A libido é de natureza masculina, tanto na mulher quanto no homem.
b) A zona erógena diretriz na criança do sexo feminino é localizada no clitóris, que é o homólogo da zona genital masculina (glande).
A análise do Pequeno Hans, onde se delineia a noção de complexo de castração, põe em primeiro plano, para o menino, a alernativa: possuir um falo ou ser castrado. Por fim, o artigo "Sobre as teorias sexuais das crianças", embora considere, como em "Três Ensaios", a sexualidade do ponto de vista do menino, sublinha o interesse singular que a menina tem pelo pênis, a sua inveja deste e a sensação de ter sido lesada pela mãe em relação ao menino.
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