Os Doze Mandamentos
(Sidney Sheldon)
Neste
livro Sidney Sheldon subverte as tábuas da lei e reconta a história de Moisés. Segundo
ele, o hebreu não desceu o Monte Sinai com dez mandamentos. Na verdade, eram
doze as leis e, ao contrário de punição, quem as descumpre recebe grandes
recompensas. Dessa forma, quebrar um dos doze mandamentos pode ser muito
lucrativo. Os "pecadores" aqui tornam-se ricos, famosos e felizes.
Entre os personagens estão um padre que transgride duas regras e um homem de má
sorte que, após infringir o quarto mandamento - guardar os dias santos -
enriquece.
Sheldon desafia a religião com um livro irônico já a partir do título. No
contexto, o desacato às regras divinas está presente desde os primórdios, pois
Moisés recebeu três tábuas da lei, com doze mandamentos, mas deixou a terceira,
com o décimo primeiro e o décimo segundo mandamentos cair, quebrando-se. Então,
sem revelar o acidente, Moisés diz a todos que Deus enviou dez mandamentos.
Além disso, ameaça a todos os que descumprirem os tais mandamentos, pois
estarão ofendendo a Deus, no entanto, o que se revela na história criada por
Sheldon é exatamente o oposto disso.
O
livro é composto de doze contos, cada um relativo a um mandamento. O autor
mostra em sua narrativa como os fanáticos religiosos levam ao pé da letra o que
está escrito na Bíblia, sem, necessariamente, entender ou interpretar
corretamente, agindo de forma leviana.
Sátira divertida que, mesmo sem estar entre os grandes livros do autor, merece
ser lido e relido para se buscar a ênfase das entrelinhas.
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