A Aceleração Do Tempo
(Edizio)
Velocidade do Tempo. As pessoas dinâmicas e laboriosas estão percebendo que o tempo não está sendo mais suficiente para terminar uma tarefa que antes podia ser feita num tempo menor. O comentário é quase que geral. É claro que este fato é percebido somente pelas pessoas mais observadoras. Como este assunto parece não ter importância, a conversa é logo terminada, assim que haja uma interferência alheia. Certa vez, eu mesmo comentei este caso com um colega. Ele imediatamente quis dar uma explicação, querendo insinuar que isto é uma observação equivocada e própria de pessoas mais velhas. Como eu notei que ele já tinha uma idéia formada e que dificilmente estaria disposto a analisar a questão, resolvi parar por ali mesmo. De fato, são as pessoas mais velhas as mais aptas para verificar que houve uma alteração do tempo. Por serem mais vividas, elas têm o passado como referência e por isto podem sentir a diferença dos tempos. Mas como isto seria uma coisa incrível, elas mesmo recorrem ao relógio e constatam que não há nada errado com o tempo. O relógio é o aparelho que mede a duração do tempo e como ele mediu vinte e quatro horas exatas na virada de um dia para o outro, nada está errado, tudo não passa de falsa impressão. Será que é mesmo assim? Informações de pessoas estudiosas, ligadas a ufologia, esoterismo e canalizadoras de mensagens extraterrestres afirmam que o tempo, neste fim de século, está realmente andando mais rápido, porque a Terra está girando em torno de seu eixo imaginário com maior velocidade. Afirmam também que as partículas subatômicas estão vibrando numa freqüência maior e que o nosso planeta já está a meio caminho da quarta dimensão. Na verdade, a unidade de tempo que nós utilizamos é o dia solar (24 horas), que é um giro do nosso planeta ao redor de si mesmo em relação ao Sol. Eu digo isto porque existe também o dia sideral (23 h 56 m 04 s) que é um giro da Terra, mas em relação ao espaço sideral. Ora, se a Terra está girando mais rápido, o relógio deveria acusar esta diferença. O observador fica sugestionado pelo relógio, que funciona como se fosse a testemunha do tempo e assim afasta toda a suspeita antes estabelecida. Ele acaba chegando à conclusão de que está mesmo é ficando velho, como dizia o meu nobre colega. Assim ele abandona sua busca e fica estacionário nas suas investigações. Afinal, será possível que a Terra está girando mais rápido? Vejam bem! Relógios: Os diversos tipos de relógios foram feitos para medir o tempo. Existem relógios mecânicos, eletrônicos e atômicos. Os relógios mecânicos são os mais antigos e ainda são usados até hoje. Eles possuem um mecanismo de escape que dá a marcha certa do tempo. Este dispositivo é formado essencialmente por um balanço regulável. Nos relógios de pulso, este balanço tem uma forma de um volante de carro, preso num eixo e numa mola delicada chamada pelos relojoeiros de cabelo. O balanço gira para um lado e para outro emitindo o famoso ruído de tic-tac. Existe uma pequena alavanca para apertar ou afrouxar o cabelo, regulando a marcha do relógio. Também os relógios de parede possuem um pêndulo que pode ser regulado através de uma porca, alterando seu comprimento, assim permitindo modificar sua marcha. Estes relógios mecânicos, geralmente fabricados na Suíça, quando eram trazidos para as regiões tropicais precisavam de serem regulados. Por que eu estou dizendo isto? Porque tudo isto tem relação com a velocidade de rotação da Terra. Nas proximidades do Equador a gravidade é menor, devido a velocidade linear ser maior, alterando a marcha dos relógios mecânicos. O que foi exposto, podemos tirar a conclusão que se a Terra tiver sua velocidade de rotação alterada para mais, a gravidade diminuirá, reduzindo também o peso do referido balanço, acelerando sua marcha. Então uma coisa vai compensar a outra. Deste modo, os relógios mecânicos não podem denunciar a alteração da velocidade da Terra. Por outro lado, tanto os relógios eletrônicos como os atômicos, são constituídos de materiais susceptíveis de alteração com a aceleração das partículas subatômicas. Os relógios eletrônicos possuem um cristal de quartzo (SiO2 - dióxido de silício) que pulsa numa freqüência exata dando-lhes a marcha adequada. Já os relógios atômicos têm uma pedra de césio que emite radioatividade constante. O fluxo regular desta radiação é que controla a marcha do relógio. Esta pedra de césio também sofre efeitos da aceleração das partículas subatômicas.
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