Equipe Médica Presa Na Líbia É Libertada Na Bulgária
(Rui Arts)
Equipe médica presa na Líbia é libertada na Bulgária Enfermeiras e médico foram condenados por infectar crianças As cinco enfermeiras búlgaras e o médico palestino (que ganhou nacionalidade búlgara no mês passado) que haviam sido condenados à prisão perpétua na Líbia chegaram à Bulgária, depois de serem libertados encerrando oito anos de prisão. Eles foram imediatamente perdoados pelo presidente búlgaro Georgi Parvanov. A equipe médica havia sido condenada inicialmente à morte, em maio de 2004, por supostamente infectar com o vírus HIV 438 crianças em um hospital na cidade líbia de Benghazi, em 1999. Os seis sempre negaram a acusação. Uma autoridade da União Européia disse à BBC que a libertação foi possível devido a um acordo fechado em Trípoli para melhorar as ligações entre a Líbia e a União Européia. A Comissão Européia passou os últimos anos tentando chegar a um acordo, com a comissária dos Negócios Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, fazendo várias viagens à Líbia, encontrando os prisioneiros e trabalhando para melhorar as condições para centenas de crianças portadoras do vírus HIV. Ferrero-Waldner e Cecilia Sarkozy, mulher do presidente francês Nicolas Sarkozy, acompanharam a equipe médica na viagem de volta à Bulgária. Chegada Na chegada da equipe médica, a bordo de um avião do governo da França no aeroporto de Sófia, eles foram recebidos ainda na pista pelos familiares e pessoas que deram apoio à sua libertação. Ferrero-Waldner descreveu a libertação da equipe como "uma decisão humanitária", acrescentando que esta decisão marca uma "nova página na história das relações entre a União Européia e Líbia". O presidente francês Nicolas Sarkozy afirmou que vai visitar a Líbia na quarta-feira para ajudar o país a "voltar para a comunidade internacional". Em uma entrevista coletiva em Paris, Sarkozy afirmou que não foi paga nenhuma quantia para garantir a libertação da equipe. "Nem a Europa ou a França fizeram a menor contribuição financeira à Líbia", disse. Memorando O acordo ocorre depois de anos de esforços de Benita Ferrero-WaldnerO presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso, disse que a União Européia pode começar a normalizar o comércio e ligações políticas com a Líbia. Segundo autoridades do bloco a chave para o acordo foi um memorando assinado em Trípoli por Benita Ferrero-Waldner, que pode levar à normalização total das relações entre a União Européia e a Líbia. Segundo a correspondente da BBC Oana Lungescu o memorando inclui um pedido para abrir o mercado europeu à agricultura da Líbia e produção pesqueira, assistência técnica para a restauração de monumentos arqueológicos e bolsas de estudo européias para estudantes líbios. O Palácio Presidencial da França afirmou que também estão incluídas medidas para melhorar o atendimento médico para crianças infectadas com o HIV/Aids na Líbia. A Líbia, por sua vez, afirmou que ordenou a libertação da equipe médica depois de ficar satisfeita com as condições para a extradição. Na semana passada, a equipe médica teve sua sentença transformada em prisão perpétua pelo Alto Conselho Judicial líbio, após a decisão dos familiares das crianças infectadas de aceitar uma indenização de US$ 1 milhão por criança e retirar o pedido para que os réus fossem executados. O governo búlgaro havia pedido oficialmente à Líbia a extradição das enfermeiras e do médico para que pudessem cumprir sua pena na Bulgária.
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