A Escrava Isaura
(Bernardo Guimarães)
A história se passa nos primeiros anos do reinado de D.Pedro II, nos Campos de Goitacases, à margem do Paraíba, no Rio de Janeiro. Malvina é moça rica e senhora da casa, onde mora Isaura, a escrava, bela e jovem, de propriedade da sogra, fazendeira abastada que, antes de morrer, solicita à nora Para olhar e libertar sua escrava predilecta, educada e tratada como filha pela velha senhora, mãe de dois rapazes, Leoncio e Henrique. Malvina é casada com Leoncio, proprietário da fazenda, onde vve o casal. A jovem esposa fora prometida a Leoncio, por acordo dos pais e o moço, um perdulário que esbanja a fortuna paterna. O sogro de Malvina, um comendador devasso e agressivo conquista a mãe de Isaura, Juliana. Esta se apaixona pelo feitor da fazenda, Miguel, e desse encontro nasce Isaura. Enfurecido com o comportamento da moça, o comendador a submete a maus tratos que a escrava falece, deixando a filha, que fora educada pela patroa solitária. Final semelhante parece estar reservado a Isaura. Leoncio corteja a moça. Tal ousadia provoca ciúmes na ex-amante, a escrava, Rosa, que faz insinuações sobre o comportamento de Isaura para Malvina, procurando despertar ciúmes na patroa. No início Malvina resiste, mas, depois acredita em Rosa e então Isaura é levada para a senzala, juntando-se às outras escravas. Dessa forma, fica mais próxima das atrocidades do patrão rejeitado. Miguel, o pai de Isaura, resolve socorrer a filha. Conseguira juntar os dez contos de réis, exigidos, na época, pelo comendador para libertar a moça. Mas Leoncio recusa a entregar-lhe a filha, forçando-o a preparar um plano de fuga para os dois. Fogem num navio negreiro, para o Recife, onde aluga uma chácara, afastada do grande centro. Vivem discretamente até que um jovem estudante de Direito, Álvaro, um liberal republicano, quase socialista e abolicionista exaltado, ouve Isaura cantando. Descobre a bela moça, que diz chamar-se Elvira e o pai, Anselmo. O rico rapaz, órfão, proprietário de uma fortuna de dois mil contos de reis, não desconfia que a jovem, com uma pinta negra, no rosto, é uma escrava e apaixona-se por ela. Pai e filha são convidados por Álvaro, para um baile, e como medo de levantarem suspeitas decidem ir à festa. Isaura está decidida a contar a verdade, mas perante conflituosas considerações, desiste. Na festa, todos só têm olhos para a bela acompanhante de Álvaro, mas Martinho, um dos convidados, soube, através de anúncio da fuga de uma escrava e seu pai e daria recompensa de cinco mil contos de réis a quem descobrir o paradeiro dos fugitivos. Lopgo, relaciona pai e filha com os do anúncio e vai à polícia apresentar queixa, retornando à festa, para desmascarar ambos. A prova de que a moça é a escrava fugitiva é um sinal de queimadura que traz acima do seio. Álvaro chama Martinho para um lado e, conhecendo o caracter do rapaz, oferece-lhe o dobro da recompensa para que desista da idéia e, diante de todos, afirme ter se enganado. Ele assim o faz. Entretanto, não abandona a idéia da captura. Escreve a Leoncio, dizendo que encontrou a escrava, mas o fazendeiro vingativo decide vir recapturá-la, enfrentando Álvaro que sai perdedor na luta. Leoncio leva Isaura e o pai e, Martinho perde os dez mil contos de réis, enquanto Álvaro fica desencantado. O fazendeiro por fim resolve se reconciliar com a esposa, por interesse monetário. Sua fortuna vai mal e só Malvina pode salvá-lo da miséria. Afirma que dará liberdade à Isaura, conforme o desejo da mãe, desde que a escrava se case com o horrendo jardineiro anão, Belchior. Pretende deixar Miguel sob seu jugo, enquanto aguarda dias melhores para se aproximar da escrava, ao mesmo tempo em que satisfaz o desejo da esposa. No dia do casamento, chegam senhores à porta e, Leoncio, certo de que se trata do juiz de paz, pede que chamem Malvina, Isaura, Miguel e Belchior para dar início à cerimónia. Surpreendentemente, é Álvaro quem se apresenta e comunica que tudo o que pertence a Leoncio passou às suas mãos, visto ter comprado todas suas dívidas. Portanto, Isaura, também, não é mais sua escrava. Oferece o braço à amada que clama perdão para os patrões. Leoncio, cheio de ódio, diz que jamais viverá da clemência de Álvaro e logo vai para o quarto ao lado de onde se ouve um tiro. Malvina, aterrorizada, cai; Leoncio estourou o crânio com um tiro de pistola.
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