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Colonização do planeta Marte
(Fábio Duarte Garcia)

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Marte parece ser um imenso deserto, muito frio e seco, totalmente estéril e impossibilitado de abrigar qualquer forma de vida, ou seja, um planeta completamente morto . Na verdade, alguns pesquisadores julgam o termo morto inapropriado, pois com a ajuda da tecnologia chamada engenharia planetária, os cientistas são capazes de modificar o clima e a paisagem marciana, tornando-o novamente capaz de sustentar a vida (lembrando que em um passado distante, Marte provavelmente tinha condições climáticas e ambientais favoráveis ao desenvolvimento da vida). Portanto, o termo ideal para Marte é planeta em coma e não planeta morto, já que é possível torná-lo novamente capaz de abrigar formas de vida.

Com a engenharia planetária é possível modificar a paisagem marciana afim de torna-la parecida com a Terra e permitir a habitação de seres humanos. Devemos ter em mente que esse processo pode ser dividido em duas etapas. A primeira é a ecogênese, consistindo em fazer mudanças no planeta para permitir a sobrevivência de microrganismos anaeróbios. A segunda fase é a terraformação (terraforming, em inglês), ou seja, a transformação do clima e do ambiente marciano em padrões semelhantes aos da Terra, permitindo a sobrevivência da espécie humana.

Para que Marte adquira condições mínimas para manter o desenvolvimento dos primeiros seres vivos (bactérias primitivas capazes de sobreviver às condições extremas), algumas alterações no ambiente marciano devem ser feitas:
1) aumentar o volume de gases na atmosfera e, conseqüentemente, aumentar a pressão atmosférica.
2) aumentar a temperatura do planeta.
3) ter água liquida.
4) diminuir a quantidade de radiação UV que chega a superfície.

O primeiro passo para a ecogênese é a criação de um efeito estufa em Marte através da emissão de gás carbônico, resultando num aumento da temperatura, aumento do volume de gases na atmosfera e aumento da pressão atmosférica. A liberação de CO2 pode ser conseguida com o derretimento das calotas polares (ricas em CO2 sólido). Ao final dessa etapa, temos um planeta mais quente, com uma atmosfera mais densa e capaz de proteger a superfície contra a radiação UV. Além disso, o aquecimento do planeta faz o gelo de água derreter lentamente e o aumento da pressão atmosférica impede a evaporação rápida, permitindo o surgimento gradual de água liquida na superfície do planeta, possibilitando o desenvolvimento de vida, mas sob condições ainda muito extremas.

Todo o processo de ecogênese anteriormente descrito, lavará cerca de 200 anos e, após isso, Marte terá atingido condições mínimas para sustentar formas de vida capazes de viverem em ambientes hostis, como será Marte ao final da ecogênese. Os primeiros organismos a habitarem marte são os extremófilos: bactérias primitivas capazes de viver em ambiente hostil e condições extremas de temperatura, umidade, pressão e radiação. Um representante desse grupo e forte candidato a ser primeiro ser a colonizar Marte, é a Choococcidiopsis sp, uma cianobactéria primitiva que vive na Antártica.

Após a introdução das primeiras bactérias, Marte ficará cada vez mais quente e com atmosfera densa. Com isso, a água liquida fica mais estável e aumenta cada vez mais sua quantidade na superfície, além de aumentar gradualmente a umidade atmosférica. O nível de O2 no ar marciano também vai aumentando, permitindo a introdução de vegetais mais simples como liquens e musgos, levando a um maior aumento da umidade do ar e iniciando o ciclo da água (permitindo inclusive a presença de chuvas). Nesse ponto, vegetais superiores estarão crescendo na superfície de Marte, sendo fonte de madeira para construção, alimento e medicamentos, além de proteger o solo contra erosões, já que a água corrente será abundante. Aos pouco o nível de O2 vai aumentando até que Marte torne-se habitável para seres humanos. Todo o processo de terraformação levará cerca de 2000 anos, mas esse tempo pode ser abreviado com novas descobertastecnológicas.



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