Smallpox
(S. Vade.)
A varíola foi por um tempo um dos piores flagelos que atingiram a espécie humana, ultrapassando doenças como cólera, peste bubônica e febre amarela, quanto ao tempo de duração, número de vítimas e cobertura geográfica. O vírus da varíola era disseminado geralmente por contato pessoal e por contato com as secreções do nariz e da boca, e se reproduzia nos tecidos linfáticos. A transmissão da varíola poderia ocorrer também por contato com objetos contaminados. Depois de um período de incubação de 12 dias, pacientes normalmente apresentavam febre alta, náusea, dor, erupções cutâneas purulentas e que algumas vezes inchavam severamente. Mais de 40% dos pacientes morreram; nas vítimas sobreviventes, as feridas deixavam cavidades e cicatrizes permanentes na pele. Alguns pacientes ficaram cegos. Em 1796 o cirurgião inglês Edward Jenner produziu uma vacina anti-varíola a partir do soro de varíola bovina, o qual foi amplamente utilizado. Contudo não havia tratamento específico para a pessoas contaminadas. Em 1967 a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou uma campanha intensiva para erradicar as ocorrências da doença, e em meados de 1977 a varíola pareceu ter sido erradicada. Algumas poucas mortes ocorreram em 1978 quando o vírus escapou de um laboratório em Birmingham, Inglaterra. Ações internacionais têm desde então restringido o número de laboratórios que manipulam o vírus com objetivo de pesquisá-lo. Em outubro de 1979 o mundo foi oficialmente declarado livre da varíola. Cientistas planejaram destruir mutações da varíola remanescentes até 1993, mas a destruição foi adiada para 30 de junho de 1999. O vírus utilizado para vacinação contra varíola é agora empregado no desenvolvimento de outras vacinas.
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