Azeite de Oliva
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Azeite de Oliva
Rico em vitamina E, antioxidante, ou seja, protege as células do ataque dos radicais livres. Relacionado à proteção contra doenças cardiovasculares, diabetes e alguns tipos de cancro. O azeite é uma gordura líquida, rica em gorduras moninsaturadas que ajudam a reduzir o “mau” colesterol (LDL) e a manter o nível do “bom” colesterol (HDL). Apresenta elevado valor nutricional e, além do sabor único que confere aos alimentos, é uma das fontes de lípidos mais saudável que se conhece. . O azeite virgem é um sumo de fruta 100% natural, extraído da azeitona, e faz parte dos hábitos alimentares dos povos mediterrânicos desde a antigüidade.
Os egípcios já o usavam há seis mil anos e era um dos principais produtos comercializados pelos fenícios. Ao longo do tempo a sua importância cresceu pelo aumento de suas utilizações: alimentação, medicina e beleza, por exemplo. Foi ainda utilizado como combustível para a iluminação, lubrificante para ferramentas agrícolas e ainda como elemento essencial em ritos religiosos.
Os vários tipos de azeite dependem das diferentes variedades de azeitona, do seu grau de maturação, do solo e do clima. Para obter um azeite virgem extra é necessário seguir algumas técnicas. As azeitonas devem ser colhidas manualmente e transportadas de imediato para o lagar, a fim de evitar a sua fermentação, com o conseqüente aumento do grau de acidez. Em seguida lavam-se, trituram-se e misturam-se com água. O azeite separa-se da água pelo processo de centrifugação.
Daí resulta um azeite de primeira qualidade, garantindo a essência das vitaminas e ácidos gordos que o convertem num produto terapeuticamente benéfico. De acordo com o teor de acidez o azeite virgem não ultrapassa os 2°, enquanto que o azeite virgem extra possui um nível de acidez de 1°. Entre outros, destaca-se ainda o azeite virgem extra especial, com acidez até 0,7°. As gorduras são imprescindíveis para a nossa saúde em quantidades adequadas e se ingeridas com os restantes alimentos.
Nomeadamente as gorduras insaturadas (mono e poliinsaturadas) presentes nos óleos vegetais e nos peixes, em detrimento de outras gorduras saturadas de origem animal. Ao estudar os hábitos alimentares das diferentes populações, a comunidade médica internacional verificou que a alimentação rica em azeite, podia estar na base dos níveis reduzidos de colesterol e uma baixa incidência de doenças cardiovasculares, em comparação com os habitantes dos EUA e do Norte da Europa.
Devido ao seu elevado teor de ácidos gordos monoinsaturados (70%), o consumo de azeite ajuda a reduzir o “mau” colesterol (LDL), mantendo o nível do “bom” colesterol (HDL). Por outro lado, a vitamina E desempenha uma função antioxidante sobre as paredes das artérias. Auxilia a prevenir o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como arteriosclerose, trombose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais. Ajuda ainda a prevenir a diabetes ao favorecer o metabolismo e a melhorar a assimilação de açúcar e a tolerância à glucose.
Age na proteção do sistema digestivo ao prevenir o excesso de ácido no estômago. Contribui para o bom funcionamento da vesícula biliar, promove a assimilação de nutrientes e ajuda a regular o trânsito intestinal. Ajuda na prevenção de alguns tipos de cancro, principalmente o cancro da mama. Por sua ação antioxidante ajuda a combater o envelhecimento precoce e a beneficiar o sistema nervoso periférico, bem como o cérebro.
Favorece a mineralização óssea, ao facultar a absorção de cálcio e de vitamina D, ajudando no crescimento e na prevenção da osteoporose. Apresenta ainda uma gordura poliinsaturada, o ácido ómega-6, derivado do ácido linoleico, que é necessário à formação das células e controla os processos inflamatórios.
O azeite deve ser consumido cru, sem aquecimento prévio e, de preferência, de origem biológica. É ideal para temperar saladas e vegetais, pois facilita a absorção da vitamina A contida nos legumes e verduras. É também utilizado nas sopas, no entanto só deve ser introduzido depois de pronta, de modo a que o azeite não se altere muito com a temperatura.
Pode ainda substituir outras gorduras utilizadas para elaborar todo o tipo de cozinhados. Mesmo para fritar deve usar-se azeite, pois os outros óleos vegetais alteram-se com o calor, gerando substâncias nocivas, a partir dos 170°C. Este líquido suporta temperaturas mais elevadas e não se queima se não se ultrapassarem os 180°C. Caso não se aprecie o seu sabor nos fritos pode fazer-se uma mistura de azeite (um terço ou metade) e óleo de girassol, pois o elevado teor de monoinsaturados presente no azeite evita a degradação do óleo de girassol.
Além de rico alimento, o azeite é ainda um ótimo hidratante e tonificante para a pele, é bastante utilizado em artigos cosméticos, excelente óleo de massagem e ainda é adicionado aos óleos essenciais na aromaterapia.
alice martins
Referências: Jornal Expresso (www.expresso.pt), in Vidas - Saúde Natural de 09/03/2002
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