desigualdade social
(salomão)
Universidade Estadual de Ponta Grossa discute a desigualdade social e a questão tributária no Brasil ***O Brasil é um país com muitas potencialidades e com uma estrutura produtiva bastante diversificada. Esta frase otimista e verdadeira, tem sido alvo de muitas polêmicas, quando se aborda a questão da estrutura tributária e seus impactos econômicos e sociais. A receita tributária no Brasil teve um desempenho ascendente nos últimos 20 anos, conforme dados da Revista Exame de 05/09/2001, passando de 22,8% do Produto Interno Bruto - PIB em 1980 para 32,6% do PIB em 2000, enquanto a média da América Latina ficou em torno de 20% do PIB. ***Apenas para lembrar alguns fatos históricos da humanidade, fazendo uma relação com a atual situação tributária no Brasil, podemos citar a revolução francesa. Segundo um historiador muito conhecido e competente no mundo acadêmico, Eric Hobsbawm, a França tinha uma estrutura social e econômica muito desigual no século XVIII. Com uma população estimada entre 23 a 25 milhões de franceses, dos quais cerca de 20 milhões viviam no meio rural, havia uma primeira linha de pessoas, chamado de primeiro estado, composto pelo Clero, o segundo estado composto pela nobreza e o terceiro estado composto pelo restante da população, os burgueses, os camponeses sem terra, artesãos e o povo em geral. ***O Clero, formado por cerca de 120 mil religiosos tinham muitos privilégios, inclusive não pagavam tributos. A nobreza, em torno de 400 mil pessoas, também gozava de privilégios, inclusive a isenção de impostos e ainda tinham o direito de receber tributos feudais. A carga tributária recaia pesadamente sobre o terceiro estado, aquele onde estava o setor produtivo e a população trabalhadora.
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