Mais sobre a úlcera gástrica
(Carlos Rossi; Mega arquivo)
A gástrica e a duodenal já podem há algum tempo serem curadas em apenas uma semana. Uma combinação de drogas, 2 antibióticos e um inibidor da bomba de prótons, permitem eliminar, de 90 a 95% dos portadores, a bactéria Helicobacter Pylori que provoca a doença. A identificação de tal bactéria como causa da úlcera mudou radicalmente o conceito da doença, antes vista como distúrbio ácido-péptico e hoje considerada doença infecto-contagiosa. Os medicamentos para cicatrizar as feridas foram sendo substituídos por antibióticos, que eliminam a bactéria. Em países desenvolvidos 50% da população estão infectados, nos subdesenvolvidos a proporção aumenta para 80% , mas nem todos os infectados desenvolvem a doença. A infecção só é superada pela cárie dentária. A transmissão se dá principalmente via fecal-oral, através da água e alimentos contaminados. O micróbio já foi identificado na saliva, suco gástrico, na placa dentária e nas fezes. Animais também transmitem a bactéria. Pesquisadores do MIT nos EUA conseguiram isolar em gatos domésticos, reforçando a tese. Um medicamento chamado Omeprazol, associado a um antibiótico moderno de nome Claritomicina associado ao Metronidazol é o tratamento recomendado. A Claritomicina é a chave no tratamento por atenuar a resistência da bactéria ao Metronidazol e tem sua ação potencializada pelos inibidores da bomba de prótons, que por sua vez reduzem a acidez do estômago. Os medicamentos antigos só cicatrizavam a úlcera, não evitando o retorno do problema, era tratado apenas os efeitos e não a causa.
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